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VGNJUR Segunda-feira, 17 de Outubro de 2022, 16:58 - A | A

Segunda-feira, 17 de Outubro de 2022, 16h:58 - A | A

DEPOIMENTOS

Vizinha relata agressividade de Toni Flor e tiro em condomínio: "não queria separação"

PM contou que denunciou Ana Claudia, mas que manteve amizade por orientação do delegado que investigava o caso

Lucione Nazareth/VGN

O Tribunal do Júri encerrou neste momento os depoimentos arrolados pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela defesa da empresária Ana Claudia de Souza Flor, ré confessa por mandar matar o marido, o empresário Toni da Silva Flor. O julgamento está sendo conduzido pela juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri Siqueira.

Leia Também - Ana Claudia manipula filhas com intenção de montar história contra Toni para justificar assassinato, diz irmã

Depoimentos

Na tarde desta segunda-feira (17.10), a primeira testemunha a ser ouvida foi Aldina Márcia Alez Herter, amiga da Ana Claudia. Ela disse que a acusada contou que havia registrado um boletim de ocorrência por violência doméstica contra Toni, mas que não levou a queixa para frente.

Aldina reafirmou que ficou sabendo do envolvimento de Ana Flor no crime ao conversar com uma funcionária da empresa de limpeza que trabalha com ela. Conforme ela, a mulher disse que uma terceira pessoa (Cristiane Silva) estava em uma festa da “quebrada” e contou que Igor Espinosa havia atirado em Toni Flor e que Ana orquestrou a morte do marido.

“Ela me disse que a Ana tinha ligado para o rapaz que ele era ruim de tiro, e que não teria matado ele. Eu liguei a história, porque no dia que Toni foi baleado, eu estava no hospital com ela e me disse que ele [Toni] iria sobreviver porque o médico contou que o cara era ruim de tiro”, contou.

Relatou ainda que partiu do seu esposo, o policial militar, Glauber Farias, denunciar o suposto envolvimento de Ana Claudia, e que o casal Ana e Toni tinham um suposto pacto de morte em caso de traição, assim como detalhou que após a morte de Toni, uma das filhas do casal teria tentando tirar a própria vida, e que outra teria falado: “No Brasil deveria ter pena de morte, para punir a pessoa que matou meu pai”.

Glauber Farias

Em seu depoimento, Glauber Farias disse que o amigo Toni Flor sempre falou em separar de Ana Claudia em decorrência dos constantes desentendimento com a companheira, e que ele, assim como um grupo de amigos, sempre pedia para ele “segurar” e não se separar por causa da família, e principalmente pelas três filhas que eles tinham.

O policial militar reafirmou a história da esposa que teria ouvido de Cristiane sobre a participação de Ana Claudia na morte de Toni. “Quando fiquei sabendo fiquei chocado na hora, e depois procurei o delegado pessoalmente e contei tudo. [...] Continuamos a amizade com ela para não atrapalhar as investigações e até por orientação do delegado”.

Segundo ele, Ana sempre postava lembranças de Toni mostrando a todo momento que estava sofrendo com a perda do marido. Ele negou que a vítima estava tendo um relacionamento extraconjugal com uma servidora, e que apenas contou que o amigo estava conversando com a mesma.

José Luís Ribeiro Salvador

Em seu depoimento, José Luís Salvador contou que foi vizinho do casal Toni e Ana Claudia, e que ficou sabendo do crime pela imprensa. Ele relatou que foi uma vez na casa do empresário acalmá-lo a pedido de alguns moradores do condomínio por ele estar exaltado em sua casa e queria brigar. “Fui lá na casa dele. Estava muito exaltado, querendo brigar com todo mundo”.

Segundo ele, chegou ao conhecimento dos moradores que Toni teria agredido um morador por motivo de ciúmes da esposa Ana Claudia, mas negou que a vítima tenha efetuado disparos de arma de fogo no condomínio. “Ele teve várias discussões com vizinhos dele”.

Sérgio Tadashi

O empresário Sérgio Tadashi contou que era vizinho de Toni Flor em um condomínio em Cuiabá e que eles tiveram um desentendimento por ciúmes de Ana Claudia. Ele relatou que na época seu funcionário [João Carlos] teve um relacionamento extraconjugal com Ana e que Toni achava que era ele (Sérgio) o suposto amante.

Tadashi disse que flagrou Ana saindo com esse funcionário [que também era casado]. Conforme ele, diante da suspeita Toni começou ameaçá-lo e que em um certo dia, o empresário ligou para ele e disse que estava na porta de sua casa e que iria matá-lo. No dia, Toni atacou Sérgio com uma garrafa quebrada, provocando um corte profundo, sendo necessário mais de 30 pontos.

No dia da briga, Toni teria quebrado o nariz do primo de Sérgio com um soco, ao tentar protegê-lo, e que um vizinho do condomínio empurrou o empresário na intenção de separar a briga – que quebrou a clavícula de Toni. Ainda segundo ele, mesmo após a agressão, que resultou na prisão de Flor, o empresário seguiu ameaçando Tadashi.

Ana Lúcia Souza Santos

Em seu depoimento, Ana Lúcia disse que foi vizinha do casal, e que não tinha muita convivência com eles, tendo apenas dois contatos com Toni Flor. Segundo ela, em um dia estava caminhando com Ana Claudia e foi convidada para comer um peixe, e que Toni reclamou da forma que foi feita a refeição: “não queria que fosse feito peixe assim praga”.

Ela relatou que sempre no grupo do condomínio tinha reclamações de Toni pelo fato dele não aceitar quem ninguém “falava algo”, e que o mesmo sempre ofendia verbalmente: “Vou matar vocês... Vem aqui, vem aqui”.

Ana Lúcia contou que em um certo dia avistou Ana Claudia no condômino cabisbaixo e que a mesma contou que pensava em separar pelo fato de Toni ser agressivo, tendo inclusive flagrado hematomas nela. “Ela queria a separação, mas ele não queria”.

Ainda segundo ela, em uma certa ocasião Toni teria efetuado disparo no fundo da casa no condomínio. “Ele chegou a efetuar um tiro no fundo da casa no condomínio”. Ao final, ela afirmou: “O relacionamento deles era triste”.

Pamella Suellen Macedo Bezerra

Pamella Suellen disse em seu depoimento que era amiga de Ana Claudia e que foi por meio desta amizade que a mesma conheceu e casou-se com Toni Flor. Conforme ela, em decorrência do relacionamento agressivo por parte de Toni, a mesma decidiu se distanciar do casal, mas que enquanto esteve frequentando a casa deles, Ana relatou que a vítima teve um relacionamento extraconjugal.

Segundo ela, a mãe de Ana Claudia relatou que ela era agredida, e que notou hematomas na acusada, porém, a mesma era “fechada” não tendo falado abertamente sobre as supostas agressões. A mãe teria dito ainda que a filha mais velha do casal está passando por tratamento psicológico e que inclusive ficou sabendo de relato de suposta tentativa de suicídio.

“Quando ela confessou que matou Toni fiquei chocada. Ela demonstrava que tinha muito amor, então não imaginava...[...] após ele falecer, chorando a Ana disse: ele me fez tanto mal, mas não consigo deixar de amá-lo”.                    

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