O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de documento assinado por técnicos da Corte, afirmou que o nível de confiança das urnas eletrônicas é superior a 99%, e que não existe “sala secreta” em que seriam feitas as totalizações de votos. A informação consta em resposta encaminhada nesta segunda-feira (09.04) a uma série de recomendações feitas pelo Ministério da Defesa.
Em março, o Ministério da Defesa recomendou que a totalização dos votos das eleições seja feita ao mesmo tempo no TSE e nos tribunais regionais eleitorais (TREs), nos Estados; que as urnas que passam pelo chamado teste de integridade fossem definidas por um sorteio aleatório; assim como recomendou a fiscalização e auditoria; teste público de segurança; verificação de irregularidades nos testes de integridade; e duplicidade entre abstenção e voto.
Em resposta, enviada hoje, o TSE disse que o Ministério da Defesa errou cálculos e confundiu conceitos ao apontar riscos no teste de integridade das urnas eletrônicas, e desta forma descartou qualquer possibilidade em alterar a forma em que são escolhidas as urnas eletrônicas usados nos testes assim como quantidade de equipamentos testados.
Segundo a Corte, “houve substancial aumento da amostra de urnas sujeitas ao teste de integridade nas eleições de 2022”. “Trabalhando-se hoje com um nível de confiança superior a 99%, o Tribunal Superior Eleitoral não encontrou razões técnicas aptas a sustentar o acolhimento da presente sugestão”, diz trecho extraído do documento.
Além disso, negou existência de uma suposta “sala secreta” em que seriam feitas as totalizações de votos. “Não existem salas secretas, tampouco a menor possibilidade de alteração de votos no percurso, dado que qualquer desvio numérico seria facilmente identificado, visto que não é possível alterar o resultado de uma somatória sem alterar as parcelas da soma”, diz outro trecho do documento.
Além disso, o TSE acrescentou: “Sem prejuízo da transparência, segurança e do diálogo com as instituições nacionais, impende ressaltar que o Tribunal Superior Eleitoral - no exercício das funções que lhes são atribuídas pela Constituição -, é, de fato e de direito, o administrador e garantidor de todo o processo eleitoral brasileiro, cabendo-lhe a gestão e decisão dos avanços e aprimoramentos a serem nele implementados, os quais sempre terão como objetivo assegurar a integridade, a segurança, transparência e normalidade das eleições”.
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