O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, autorizou pagamento fraudulento de R$ 1.000.080,00 no suposto esquema de corrupção na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). A informação consta em denúncia que resultou na deflagração da operação “Hypnos”, realizada nesta quinta-feira (09.02) pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
Segundo denúncia feita pelo diretor-geral interino da ECSP, Érico Pereira de Almeida, que assumiu durante a intervenção estadual na Saúde de Cuiabá, no dia 20 de maio de 2021 a empresa Remocenter Remoções e Serviços Médicos Ltda emitiu a nota fiscal corresponde à venda de 9 mil unidades do medicamento Midazolan 15MG/3ML, com custo unitário de R$ 111,12, totalizando o montante de R$ 1.000.080,00. Porém, não foram encontrados documentos que comprovem a entrega ou recebimento do remédio.
Todavia, a consta da denúncia que no dia 07 de junho de 2021, a ECSP realizou a transferência da quantia de R$ 1.000.080,00 para a conta bancária da Remocenter. A transação bancária foi assinada eletronicamente pelos diretores da Empresa Cuiabana de Saúde, Célio Rodrigues da Silva e Eduardo Pereira Vasconcelos.
Denúncia aponta que a empresa Remocenter emitiu uma nota, no dia 16 de junho de 2021, alterando a quantidade do medicamento Midazolan, passando de 9.000 unidades para 19.000 unidades, bem como modificando o valor unitário de R$ 111,12 para R$ 52,65, mantendo-se o valor total de R$ 1.000.080,00.
No entanto, a nota de empenho, liquidação e pagamento, não constam as assinaturas dos diretores Célio e Eduardo, que segundo a denúncia, condutas evidenciam uma possível tentativa de se esquivarem de investigação por participação no ilícito.
Além disso, ainda consta depoimento da então diretora de Planejamento e Finanças da ECSP, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, no qual afirmou não ter encontrado processo físico de pagamento da nota fiscal de R$ 1.000.080,00 destinado à empresa Remocenter.
Ela ainda destacou Célio Rodrigues e Eduardo Pereira, diretores à época, deveriam fazer a conferência de todo o processo, para só após realizarem o pagamento, o que conforme a denúncia, isso não teria ocorrido.
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