O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski suspendeu nesta quarta-feira (02.03) andamento de ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolvendo a compra de 36 aviões-caça Gripen, de uma empresa sueca.
Lula é acusado de ter cometido suposto tráfico de influência em troca de dinheiro na compra das aeronaves para o Ministério da Defesa. À época, ele já não era mais presidente da República. Segundo a denúncia, Lula teria indicado que poderia influenciar a então presidente Dilma Rousseff a comprar os aviões da empresa sueca SAAB, e não os da empresa francesa Dassault.
No Supremo, a defesa de Lula afirmou que os procuradores de Brasília Frederico Paiva e Herbert Mesquita, sabiam da falta de elementos suficientes para embasar um pedido de condenação no caso dos caças Grippen, porém, mesmo assim deram andamento da denúncia como forma de sobrecarregar a defesa de Lula com processos.
A defesa usou como base conversas extraídas de um grupo no aplicativo Telegram em que integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e os procuradores de Brasília.
Em decisão proferida nesta quarta (02), o ministro Ricardo Lewandowski disse que há “plausibilidade das alegações referentes ao cometimento de atos comissivos e omissivos, eivados pelos vícios da suspeição e incompetência, por parte dos Procuradores da República indigitados pela defesa”, e que inclusive já foi reconhecido em outros processos no STF.
“Não é possível ignorar, pois, que os Procuradores da República responsáveis pela denúncia referente à compra dos caças suecos agiam de forma concertada com os integrantes da Lava Jato de Curitba, por meio do aplicativo Telegram, para urdirem, ao que tudo indica, de forma artificiosa, a acusação contra o reclamante [Lula]”, diz trecho da decisão.
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