A desavença pública entre o promotor de Justiça Carlos Eduardo da Silva, candidato à Procuradoria-Geral de Justiça, e o atual procurador-geral, Deosdete Cruz Júnior, tem gerado tensão nos corredores do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que vive momentos políticos de intenso confronto na disputa eleitoral deste ano.
Carlos Eduardo da Silva fez declarações públicas em que citou a "precarização" da estrutura do MPMT. De imediato, o atual procurador enviou uma nota nos grupos internos de procuradores e promotores criticando a declaração. Deosdete respondeu à fala do colega, negando que houve fechamento de promotorias nos municípios durante sua gestão e enfatizando que abriu novas promotorias.
"Para a devida informação do equivocado candidato, as promotorias de Justiça de Juscimeira, Dom Aquino, Alto Taquari, Poxoréu e Nortelândia foram extintas pela gestão anterior à nossa", afirmou. E completou: "Vencer uma eleição demanda, acima de tudo, sinceridade, e a verdade não pode ser escamoteada. Além da tentativa evidente de ludibriar os eleitores, expõe nossa instituição de modo lamentável com discussões que deveriam ficar restritas ao âmbito interno."
Na tréplica, Carlos afirmou que a nota institucional de Deosdete foi uma "censura". Segundo ele, outros candidatos foram ouvidos pelo MPMT, mas ele não foi consultado na entrevista publicada pelo órgão.
"O papel do procurador-geral de Justiça não é o de censor, mas o de gestor da instituição, promovendo o equilíbrio, o respeito e a isonomia entre todos os integrantes do Ministério Público, sem distinções, preferências ou privilégios", afirmou Carlos em sua manifestação.
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