Eduardo Pacheco, apontando como suposto “laranja” do ex-governador Silval Barbosa na compra de uma fazenda em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, estaria tentando retardar o processo que tramita desde agosto de 2016 na Justiça Estadual. A informação consta em despacho do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Segundo o juiz, Eduardo arrolou como testemunha, a ser ouvida na Ação Penal em que consta como réu, uma pessoa que supostamente tem residência no exterior. No pedido, conforme o magistrado, foi verificado “deficiência no endereço fornecido, não havendo indicação sequer da numeração da residência da testemunha”.
Ainda conforme o magistrado, Pacheco afirmou que a testemunha é imprescindível para confirmar a tese de sua defesa.
Contudo, Jean Garcia negou a expedição de carta rogatória para ser ouvida a testemunha sob alegação de que Eduardo não conseguiu comprovar previamente a imprescindibilidade da oitiva, e que tal determinação “prestaria apenas para retardar indevidamente o processo”.
“Indefiro a expedição de carta rogatória, a qual se prestaria apenas para retardar indevidamente o processo, até porque, inclusive, há uma aparente deficiência no endereço fornecido, não havendo indicação sequer da numeração da residência da testemunha”, diz a decisão.
Entenda o caso
Silval Barbosa e o ex-deputado José Riva constam como réus em uma ação que trata sobre lavagem de dinheiro na compra da Fazenda Bauru em Colniza, pelo valor de R$ 18 milhões.
No acordo de colaboração premiada que firmou com a Procuradoria Geral da República (PGR), o ex-governador prestou esclarecimentos sobre a aquisição da Fazenda Bauru. Ele disse que em 2012 foi procurado por José Riva, que lhe apresentou a proposta de compra da propriedade rural em sociedade de partes iguais. Ficou acordado que Eduardo Pacheco seria o “laranja” de Silval no contrato, para que o nome dele não aparecesse.
Além deles, consta ainda como réus na ação, Janete Riva – que teria sido usada como laranja do marido na aquisição da propriedade; o ex-secretário Pedro Nadaf que é apontado como a pessoa responsável por repassar dinheiro da propina obtido no Governo de Silval para comprar a fazenda.
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