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VGNJUR Sexta-feira, 25 de Outubro de 2024, 09:03 - A | A

Sexta-feira, 25 de Outubro de 2024, 09h:03 - A | A

Caso Zampieri

Réus prometem revelar nomes com foro privilegiado e juíza decreta sigilo em ação

A defesa argumentou que o sigilo é necessário para preservar informações sobre terceiros investigados

Rojane Marta/ VGNJUR

A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou nesta quinta-feira (24.10) que o processo sobre a morte do advogado Roberto Zampieri tramitará em sigilo. A decisão atende ao pedido dos acusados, que indicaram a intenção de mencionar pessoas com foro privilegiado supostamente envolvidas no caso.

Entre os réus estão Antônio Gomes da Silva, apontado como executor, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, suspeito de atuar como intermediário, e o coronel reformado do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de financiar o crime. A defesa argumentou que o sigilo é necessário para preservar informações sobre terceiros investigados e impedir a exposição da vida pessoal da vítima e de sua família.

Leia mais sobre o assunto: Dados do celular de advogado assassinado apontam para venda de sentenças no STJ

A magistrada aceitou os argumentos e considerou que os conteúdos dos celulares apreendidos, incluindo o do próprio advogado Zampieri, contêm dados sensíveis que justificam a imposição do segredo de justiça. “Diante da intenção dos defensores de apresentar informações que podem comprometer a privacidade da vítima, de outros investigados e de terceiros, é fundamental garantir o sigilo externo do processo”, declarou a juíza.

Vale lembrar que o advogado Roberto Zampieri, 56 anos, foi morto em 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele estava dentro de seu veículo quando foi alvejado por diversos disparos efetuados pelo executor.

Três pessoas estão presas e respondem judicialmente pelo homicídio: Antônio Gomes da Silva, identificado como o autor dos disparos; Hedilerson Fialho Martins Barbosa, suspeito de intermediar o crime; e o coronel reformado Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de financiar o homicídio. O fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, que foi detido e posteriormente liberado, também foi indiciado como suposto mandante do crime.

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