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VGNJUR Quinta-feira, 05 de Janeiro de 2023, 11:20 - A | A

Quinta-feira, 05 de Janeiro de 2023, 11h:20 - A | A

Inquérito concluído

Polícia indicia estudante que esfaqueou colega em escola de Cuiabá por homicídio duplamente qualificado tentado

O Inquérito foi concluso nesta quinta (05.1), ele tramitava em sigilo.

Rojane Marta/VGN

O delegado Claudemir Ribeiro de Souza, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá, indiciou a estudante S.A.M. pelo crime de homicídio duplamente qualificado tentado, por esfaquear a colega L.F.D.C.R.D.S, 19 anos, em 13 de setembro de 2022, na Escola Estadual de Desenvolvimento Integral da Educação Professor Antônio Cesário de Figueiredo Neto, na Capital. O Inquérito foi concluso nesta quinta (05.01), ele tramitava em sigilo.

Consta do Inquérito Policial, que em 13 de setembro de 2022, por volta das 18h45min, nas dependências da EEDIEB Cesário Neto, localizada na Travessa Francisco de Siqueira, Bairro Bandeirantes, a suspeita, após entrar em vias de fato, “desferiu golpes de um objeto cortante contra L., ocasionando-lhe ferimentos graves que, quase custou-lhe a vida”.

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A suspeita do atentado fugiu após praticar o delito, por isso não foi efetivado o flagrante, tampouco foi localizado o instrumento do crime. Ela somente se apresentou à Polícia no dia 16, ou seja, três dias após o ocorrido, mas usufruiu da imunidade constitucional de permanecer em silêncio.

A diretora da unidade escolar, Fabia Elaine Ferreira Melo, contou à Polícia que as envolvidas estudavam na mesma sala, cursava o 1° ano de Ensino Médio - EJA no período noturno, e que no dia, estava em sua sala, quando a Coordenadora da unidade Escolar a surpreendeu com a notícia do ocorrido, e ficou sabendo pelos alunos que ambas tiveram um desentendimento na sala de aula, que chegaram as vias de fato. Disse ainda que, segundo relatos de estudantes, que tentaram intervir na tentativa de cessar as agressões praticadas por S., mas que está na posse de um objeto cortante, desferiu golpes contra L., acertando seu pescoço e outros locais vitais, que ao chegar na sala, encontrou a vítima sentada e ensanguentada, socorrida pouco tempo depois.

Após alta hospitalar, a vítima, então líder da classe, prestou depoimento à DHPP e relatou que a confusão se deu logo no início da aula, quando a professora de sala, Fernanda Falconi, lhe perguntou sobre um aluno que estava ausente há algum tempo, onde respondeu à professora que o aluno tinha transferido para a turma da manhã, por conta de algumas conversas fiadas sobre ele. “Ao informar a professora sobre os possíveis motivos que poderiam ter levado o rapaz a mudar de turno, a autora do delito se levanta de seu lugar e foi em direção da declarante, tirou um objeto da cintura, e efetuou os golpes. A declarante relata, ainda, que na tentativa de se defender jogou uma cadeira contra a autora, mas não obteve êxito de conter as investidas violentas da autora”, cita trecho do inquérito.

A vítima contou ainda que dias antes da agressão, a suspeita lhe mandou mensagens no WhatsApp, lhe dando um ultimato sobre supostas conversas envolvendo seu nome, “no entanto, diz, que jamais imaginou que poderia se atentar contra sua vida”.

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Já uma colega de sala de aula das envolvidas, ouvida pela Polícia, afirmou que estava do lado de fora da unidade escolar, quando a suspeita apareceu e pediu que ligasse para sua mãe e informasse que estava machucada. A colega contou que sugeriu a suspeita a procurar um hospital, mas esta disse estar com pressa, pois a polícia já estava chegando e fugiu do local. Sem saber do ocorrido, a colega disse que ligou para a mãe da suspeita e passou o recado e, depois disso, viu o tumulto e foi até o local do fato, onde encontrou a vítima caída toda ensanguentada.

Em depoimento, a professora Fernanda Sousa Lima Falconi, confirmou a versão da vítima, de que a briga começou após ser questionada sobre o colega de sala.

Contudo, conforme a polícia, nenhuma das testemunhas identificou o objeto usado pela suspeita para golpear a vítima.

“Depois de colhidos todos os elementos de prova, pode ser concluído que ambas as envolvidas já mantinham um certo atrito e, dias antes do fato e a autora S. já tinha dado seu ultimato à vítima L., sobre supostas conversas "fiadas" envolvendo seu nome, motivo pela qual não restam dúvidas sobre as circunstâncias criminais e a respectiva autoria criminal apurada neste procedimento investigativo. Diante do acima exposto, encerrados estão os trabalhos da Polícia Judiciária Civil, razão pela qual indício S.A.M., pelo crime homicídio duplamente qualificado tentado, previsto no Art. 121 g2° II e ill c/c art. 14, li ambos do Código Penal Brasileiro, neste passo, encaminho os respectivos autos conclusos para o respectivo Poder Judiciário para as providências que achar cabível”, conclui o delegado.

 

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