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VGNJUR Quinta-feira, 11 de Agosto de 2022, 11:20 - A | A

Quinta-feira, 11 de Agosto de 2022, 11h:20 - A | A

motorista amarrada

Mulher que fingiu ser cliente para assaltar Uber é condenada a 7 anos de prisão

A motorista de aplicativo foi amarrada e deixada às margens do Rio Laço

Gislaine Morais/VGN

Uma mulher que não teve a identidade revelada, foi condenada a sete anos de prisão, acusada de ser a mentora de crime praticado contra uma motorista do aplicativo Uber, em fevereiro deste ano, no município de Sinop (a 479 km de Cuiabá). O caso foi julgado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), por meio da 1ª Câmara Criminal, na sessão do dia 2 de agosto. O voto do desembargador Orlando Perri foi acolhido por unanimidade pelos desembargadores Marcos Machado e Paulo da Cunha.

A condenada apelou ao TJ/MT alegando que foi contratada por desconhecidos para “prestar um serviço”. Segundo ela, eles iam pegar o carro o levar ao município de Castelo dos Sonhos, no Pará. Relatou ainda que os “contratantes” entraram no aplicativo e buscaram um veículo que os interessavam. Acrescentou que, após escolherem o automóvel, requisitou os serviços de transporte da vítima. Conforme o histórico de chamadas registrados no aplicativo, ficou confirmado que foi a mulher quem solicitou os serviços de transporte.

No dia do crime, 28 de fevereiro, a falsa cliente e mais dos adolescentes solicitaram uma corrida de aplicativo, e no endereço final o trio simulou uma discussão. A mulher então pediu para vítima que a levasse para casa da sua mãe.

A motorista aceitou e pediu que a mulher encerrasse a corrida e fizesse uma nova. Se aproximando do endereço onde deixaria o trio, foi anunciado o assalto. Ela foi rendida pelos bandidos, um deles usando simulacro de arma de fogo e os outros dois, armas brancas.

A vítima foi deixada no município de Itaúba (a 578 km da Capital), pelos criminosos que cortaram o cinto de segurança do veículo e usaram para amarrar a vítima. Ela foi deixada próximo às margens do Rio Laço. Em seguida, os assaltantes saíram com o veículo. A vítima conseguiu se soltar e foi até a estrada para pedir ajuda.

A motorista de aplicativo chegou a contar que durante o trajeto, os adolescentes comentavam a todo momento, que o comando “era para matar”, mas era a mulher quem coordenava toda a ação e, inclusive, dava as ordens aos menores, que as obedeciam sem titubear.

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