O Ministério Público Federal (MPF) determinou abertura procedimento administrativo para acompanhar as consequências da greve dos técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), iniciada no mês de março, na prestação do serviço no Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá.
O procedimento, assinado pela procuradora da República, Denise Nunes Rocha Muller Slhessarenko, cita que hospital é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no qual detém de empregados públicos vinculados diretamente à autarquia. Além disso, servidores públicos efetivos vinculados à UFMT também desempenha funções na unidade de saúde.
A procuradora afirma que os serviços de saúde prestados pelo Hospital Universitário Júlio Müller são essenciais, contudo, na unidade houve a deflagração de dois movimentos grevistas, um dos empregados públicos pertencentes ao quadro da EBSERH (que durou 03 dias) e outro dos servidores da UFMT (que ainda está em andamento), podendo ter prejudicado de alguma forma a prestação do serviço.
Diante disso, Slhessarenko determinou a abertura do procedimento administrativo: “RESOLVE autuar Procedimento Administrativo, com o objetivo de acompanhar as consequências dos movimentos grevistas deflagrados pelos profissionais que atuam no Hospital Universitário Júlio Müller, tanto dos empregados públicos pertencentes ao quadro de profissionais da EBSERH, quanto dos servidores pertencentes ao quadro da Universidade Federal do Mato Grosso”, diz trecho da portaria.
Greve
A greve dos funcionários da EBSERH realizada em maio encerrou após audiência de mediação e conciliação realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os profissionais encerraram a greve após três dias, depois que obterem algumas conquistas: aumento no auxílio-alimentação para R$ 800 de imediato e para R$ 1 mil em março de 2025; ampliação do auxílio-creche em 126,63%, saindo de R$ 213,96 para R$ 484,90; concessão de reajuste de 5,52% para o auxílio-saúde passando de R$ 180,68 para R$ 190,65.
Já os técnicos-administrativos da UFMT iniciaram a greve em 14 de março. A categoria cobra um reajuste de 34,2%.
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