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VGNJUR Domingo, 05 de Março de 2023, 20:32 - A | A

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MONSTRO

Juíza mantém prisão do suspeito de matar ex-enteado e jogá-lo ao rio em MT; corpo da criança não é localizado

Juíza destacou que o assassino, de forma dissimulada, prestou "solidariedade à mãe da criança

Edina Araújo/VGN

A juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade, de Colíder, converteu, neste domingo (05.03), em audiência de custódia, a prisão em flagrante do assassino José Edson Santana, 32 anos, em preventiva. "CONVERTO A PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA de José Edson de Santana, já que presentes os requisitos constantes do art. 312 do Código de Processo Penal e por se revelarem inadequadas e insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão", decide a magistrada.

A magistrada destacou, que o assassino utilizou da confiança que a criança tinha nele, bem como pelo fato de após o "desaparecimento" noticiado da vítima, de forma dissimulada, prestar "solidariedade e apoio" à mãe da vítima enquanto buscava por notícias do filho.

Consta dos autos que, no dia 03/03/2023, a vítima, Davi Heitor Prates, 5 anos, estava brincando na frente de sua casa com seu irmão e sua mãe dentro de casa fazendo o almoço. Em determinado momento, seu irmão entra em casa, toma água e depois volta para porta de casa para brincar com seu irmão (vítima) e percebe que tinha sumido.

Durante investigação, verificou-se que no dia do desaparecimento da criança, o assassino estava trafegando com uma motocicleta Honda CG 1999, cor verde que pegou sem o conhecimento do dono, passou na frente da casa de Rose próximo de onde reside a criança, que acenou para a vítima e parou para conversar com ela.  Depois disso, colocou a criança na garupa da motocicleta com a intenção de levá-la para almoçar no Kaskatas.

Contudo, durante o trajeto, o suspeito resolveu levá-lo rumo à rodovia MT 320 sentido Colíder/Nova Canaã do Norte, que chegando em uma ponte perto da Comunidade Zé Reis, desceu a criança da motocicleta dizendo-que iriam pescar, momento em que foram para debaixo da ponte, e lá o criminoso asfixiou com suas mãos as vias aéreas da criança, que chegou a se debater por 4 ou 5 minutos, e após desmaiar, amarrou a perna de Davi a uma pedra com uma corda, e em seguida o atirou no rio.

Conforme a magistrada, diante da excessiva gravidade concreta do delito, eventuais condições favoráveis ao autuado, como endereço fixo e ocupação lícita, não constitui, por si só, obstáculo à imposição da prisão preventiva, uma vez presentes os requisitos autorizadores dessa medida excepcional.

O corpo do pequeno Davi Heitor Prates, 5 anos, morto pelo ex-padrasto, jogado em um rio no município de Colíder (a 632 km de Cuiabá), não foi localizado. A informação ao , é do sargento Claudemir, do Corpo de Bombeiros do município, que, segundo ele, as buscas encerraram na noite de hoje e retomam amanhã (06), pela mata e pelo rio.

Os bombeiros fizeram buscas durante o sábado e neste domingo, mas suspenderam ao anoitecer, retomando as buscas nesta segunda-feira (06).

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O sargento explicou que nesta segunda-feira (06), a equipe do Corpo de Bombeiros retoma as buscas pela mata e pelo rio. No local indicado pelo suspeito, os bombeiros não localizaram o corpo da criança. “Um pouco mais adiante, num local seco, foi encontrada uma sandália, que a mãe da criança reconheceu como sendo de seu filho. Então a Polícia Civil está no local buscando vestígios”, contou o sargento. 

 

 

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