O juiz da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, manteve bloqueio de R$ 227 mil em nome do empresário Wagner Florêncio Pimentel, assassinado em fevereiro de 2019 em Cuiabá, na Ação Penal oriunda da Operação Crédito Podre que apura esquema de sonegação de R$ 140 milhões em Mato Grosso.
Em despacho realizado publicado no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), o magistrado apontou que o Ministério Público Estadual (MPE) na denúncia pediu que o empresário e outras 17 pessoas fossem condenadas a restituírem R$ 35.371.240,44 milhões aos cofres públicos.
Porém, na liminar que deferiu o bloqueio foi localizado apenas R$ 586.324,44 mil, dos quais R$ 227.889,93 foram bloqueados nas contas de Wagner. “Ou seja, o valor bloqueado por este Juízo não chega a 2% do valor pleiteado a título de reparação na denúncia”, diz trecho do despacho do juízo.
No despacho, Jorge Luiz Tadeu afirmou que o dinheiro bloqueado do empresário falecido, suspostamente, é de origem ilícita, ou seja, nunca foi de propriedade de Wagner Florêncio e, assim, não pode ser reputado como parte integrante do espolio do “de cujus”, mantendo o bloqueio.
Lembrando que Wagner Florêncio antes de morrer detalhou todo o esquema que usou entre 20 empresas fantasmas ou de fachadas e sonegado mais de R$ 140 milhões do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado.
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São réus na ação ainda: Almir Cândido de Figueiredo, Rivaldo Alves da Cunha, Paulo Serafim da Silva, Kamil Costa de Paula, Evandro Teixeira de Rezende, Paulo Pereira da Silva, Diego de Jesus da Conceição, Marcelo Medina, Theo Marlon Medina, Cloves Conceição Silva, Paulo Henrique Alves Ferreira, Jean Carlos Lara, Rinaldo Batista Ferreira Júnior, Rogério Rocha Delmindo, Neusa Lagemann de Campos, Keila Catarina de Paula e Alysson de Souza Figueiredo.
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