O empresário Gercio Marcelino Mendonça Junior – popular Júnior Mendonça -, irá depor no próximo dia 06 de outubro na Ação Penal que ele responde por suposta fraude nas bombas de combustíveis da rede de postos Amazônia Petróleo. O depoimento consta em despacho da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, realizado nessa quarta-feira (23.10).
Consta do despacho, que o empresário, testemunhas arroladas por ele e pelo Ministério Público Estadual (MPE) serão ouvidos a partir das 14 horas em Audiência de Instrução e Julgamento a ser realizado por meio videoconferência.
Conforme denúncia do MPE, Júnior Mendonça é réu por suposta fraude em duas bombas de combustíveis do Posto Comercial Amazônia Petróleo (de sua propriedade). Nelas foi detectado a dispensa de um volume menor de combustível daquele que era indicado no display das bombas. Laudo técnico expedido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natura e Biocombustível (ANP) apontou que a fraude causava um prejuízo ao consumidor quantidade de 140ml a cada 20 litros de combustível.
“Ficou constatado que o Posto Comercial Amazônia Petróleo Ltda, possuía irregularidades em duas bombas, dispensando volume menor de combustível que o indicado na bomba medidora. Conforme consta no laudo técnico expedido pela ANP – DF 530569, às fls. 19/21, e o laudo técnico expedido pelo IPEM/INMETRO, às fls. 22/25, a irregularidade nas bombas, causava um prejuízo ao consumidor na quantidade de 140 ML, a cada 20 L de combustível”, diz a denúncia do MP.
Na época, foram deflagradas as operações “Olho na Bomba” e “Clone”, que apuraram as fraudes em postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande.
O depoimento de Júnior Mendonça está previsto para às 14 horas no Fórum de Cuiabá. Além dele, deve prestar depoimento testemunhas arroladas pelo Ministério Público.
Júnior Mendonça é um dos delatores da Operação Ararath, que investiga a realização de pagamentos ilegais no Governo do Estado para empreiteiras, além de desvio de recursos públicos que eram pagos para empresários, políticos e servidores através de uma instituição financeira clandestina.
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