A Justiça de Mato Grosso aceitou denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réu a empresária Taiza Tosatt Eleotério da Silva, seu ex-marido, o policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores, por suposto esquema de pirâmide financeira, que causou prejuízo de R$ 2,5 milhões às vítimas. A decisão foi proferida nessa segunda-feira (25.11) pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra.
De acordo com o magistrado, eles irão responder pelos crimes contra a economia popular (pirâmide financeira), lavagem de dinheiro, estelionato e associação criminosa.
“Anoto que as provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal, tendo em mente que nesta fase processual o juízo é de prelibação e o princípio vigente é “in dubio pro societate”. Com essas considerações, em análise à peça acusatória, nota-se que a inicial atende ao disposto no artigo 41 do Código de Processo Penal e que não há incidência de nenhuma das hipóteses previstas no artigo 395 do CPP, pelo que RECEBO a denúncia oferecida em face dos réus supracitados, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, diz trecho da decisão.
Os investigados chegaram a serem presos em 31 de outubro durante a Operação Cleópatra, deflagrada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor de Cuiabá, que investiga esquema de pirâmide financeira. Contudo, foram liberados posteriormente.
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Justiça revoga prisão de acusada de golpes em falsos investimentos
A empresária, Taiza Tosatt é apontada como principal responsável pelo esquema, e foi presa no aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem que fez para o nordeste.
Conforme as investigações, a empresária se apresentava como especialista em investimentos e usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.
Já o ex-policial federal Ricardo Mancinelli, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa, e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso.
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