A empresa W.R Engenharia e Construção, com sede na avenida Couto Magalhães em Várzea Grande, faturou quase R$ 1 milhão na intermediação e venda ilegal de mercúrio para empresários de Mato Grosso. A informação consta na representação protocolada pela Polícia Federal de Campinas (São Paulo), na Justiça Federal.
A empresa W.R Engenharia foi um dos alvos da Operação Hermes (Hg) II – deflagrada nessa quarta-feira (08.11) pela Polícia Federal. Ela é de propriedade do empresário William Leite Rondon – que também foi alvo da operação.
Em depoimento prestado na Polícia Federal de Campinas (São Paulo), em 07 de fevereiro deste ano, o empresário William Leite Rondon que é representante da empresa W.R Engenharia e Construção Eireli, afirmou que sempre soube que Arnoldo da Silva Veggi, ex-vereador de Cuiabá, vendia mercúrio e que passou emprestar dinheiro a ele a partir de maio de 2022.
Segundo ele, o ex-vereador era “desorganizado” o que motivou William a elaborar uma planilha sobre o esquema de venda ilegal de mercúrio voltado atender empresários do ramo da mineração, entre eles alguns de Mato Grosso. Rondon explicou que por um período passou a ser sócio do Grupo Veggi, responsável pela administração da logística, do financiamento e da contabilidade.
Nas investigações consta um diálogo entre William e Arnoldo, em que o ex-parlamentar informou ter chegado com pote de mercúrio da China, mostrando espanto porque “a mulher declarou: que veio com fatura e tudo mais; não parou em lugar nenhum”, pedindo naquele momento para que o sócio o chama-se de “Dodo Escobar” em alusão ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar.
No depoimento, William Leite revelou ter faturado algo em torno de R$ 904.999,00, através da sua empresa W.R Engenharia, como pagamento e lucro de seus investimentos.
No âmbito da operação, William Leite e sua empresa W.R Engenharia foram alvos de mandado de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal em endereços localizados em Cuiabá e Várzea Grande.
Além disso, foi estabelecido contra o empresário medidas cautelares, sendo elas: pagamento de 200 salários-mínimos - cerca de R$ 264 mil - de fiança; comunicar alteração do endereço e está proibido de deixar o país sem aval judicial, tendo o seu passaporte recolhido.
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