Os servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso realizam nesta segunda-feira (17.02) mais um ato de descontentamento por conta do Tribunal de Justiça (TJMT) não atender às reivindicações da categoria. Em estado de greve, hoje eles efetuaram a realização da “diminuição da força de trabalho” em todos os Fóruns e na própria sede da Corte.
No último dia 15 de janeiro, em assembleia geral, os servidores aprovaram estado de greve e alguns atos, sendo um deles a “diminuição da força de trabalho” nesta segunda (17).
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Contudo, o presidente do TJMT, desembargador José Zuquim, entendendo que o movimento poderia paralisar as atividades no Judiciário, encaminhou ofício a todos os diretores dos Fóruns requerendo a relação dos servidores que aderiram ao ato.
“Comunicando que no dia 17 de fevereiro de 2025 (hoje), haverá paralisação da força de trabalho, em conformidade com a deliberação ocorrida na Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 6 de fevereiro de 2025, por maioria relativa. Diante desse cenário, determino a Vossa Excelência que seja encaminhada, no prazo de 24 horas, a relação dos servidores dessa Comarca que aderiram ao movimento”, diz trecho do documento.
A vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat),Geane Lina Teles, explicou ao que nenhum serviço cruzou os braços, e que a categoria não teve conhecimento do ofício encaminhado pelo presidente do TJMT aos Fóruns.
“Não houve paralisação, apenas diminuição da força de trabalho, uma desaceleração do serviço. Esse ato já estava previsto. Soube desse ofício, desconhecemos”, declarou Geane.
Ela explicou que no próximo dia 25 de janeiro a categoria deve se reunir com o desembargador José Zuquim para discutir novamente sobre a implementação das mudanças na tabela salarial dos servidores, pelo Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCR); e a implementação do Adicional por Tempo de Serviço (ATS).
“No dia 26 vamos ter uma nova assembleia, e caso o Poder Judiciário continue não atendendo às demandas, mesmo após termos apresentado argumentos jurídicos e financeiros sobre a possibilidade das concessões, vamos fazer novas deliberações, sendo uma delas a possibilidade de greve”, finalizou.
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