O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta quarta-feira (27.10) que com o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid) poderá avançar nas investigações de autoridades com foro privilegiado sobre a suposta omissão e eventuais crimes de corrupção praticados no combate à pandemia.
Na manhã de hoje, Aras recebeu o relatório final da CPI que pede o indiciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) em pelo menos nove crimes, dos filhos dele entre outras autoridades políticas. O documento foi aprovado na noite dessa terça-feira (26.10).
Na publicação em sua rede social, o procurador-geral da República afirmou que na PGR existem denúncias, ações penais, autoridades afastadas e muitas investigações em andamento, e que os documentos entregues pela CPI da Covid essas investigações devem avançar em relação a autoridades com prerrogativa do foro.
“Esta CPI já produziu resultados. Temos denúncias, ações penais, autoridades afastadas e muitas investigações em andamento e agora, com essas novas informações poderemos avançar na apuração em relação a autoridades com prerrogativa do foro nos tribunais superiores”, disse Aras.
O relatório da CPI também foi entregue hoje ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes.
Lembrando que no relatório aprovado pela CPI, com mais mil de páginas, pede o indiciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) pelos seguintes crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade; crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo).
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Ainda pede responsabilização do governador do Amazonas, Wilson Lima, as empresas Precisa Medicamentos e VTCLog, e mais de 70 pessoas, entre eles os filhos de Bolsonaro: Carlos, Flavio e Eduardo Bolsonaro, além de ministros como o da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário; o do Trabalho Onyx Lorenzoni; e da Defesa Walter Braga Netto. Consta também os ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e da Relações Exteriores, Ernesto Araújo,
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