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VGNJUR Terça-feira, 07 de Novembro de 2023, 08:18 - A | A

Terça-feira, 07 de Novembro de 2023, 08h:18 - A | A

Tribunal do Júri

Após 26 anos, policiais são absolvidos da acusação de homicídio durante rebelião no Carumbé

Julgamento encerrou após mais de 10 horas

Redação VGN

Na noite dessa segunda-feira (06.11), o Tribunal do Júri concluiu um processo que durou mais de 10 horas, julgando o coronel da reserva da PM Leovaldo Emanoel Sales da Silva, atual secretário municipal de Ordem Pública de Cuiabá, e os cinco policiais militares Douglas Moura Lopes, José Luiz Vallejo Torres Angelo, Cassiano de Camargo, Mariano Mattos do Nascimento e Antônio Bruno Ribeiro. Todos foram absolvidos da acusação de homicídio qualificado de um detento após uma rebelião no antigo presídio do Carumbé, que ocorreu em 1996.

Os advogados, Caio Cesar de Souza Moreno e Neyman Augusto Monteiro, que representaram o PM Douglas Moura Lopes, defenderam a tese da negativa de autoria. "O julgamento foi importante porque tivemos a oportunidade de demonstrar à sociedade, representada pelo Tribunal do Júri, que Douglas Moura Lopes e os demais acusados não eram culpados pelo homicídio de Claudio Andrade Gonçalves. Encerrou-se, assim, um pesadelo que atormentou a vida de seis policiais militares por mais de 26 anos. A acusação não se baseou em provas sólidas que pudessem estabelecer uma ligação entre o crime e os acusados", avaliou o advogado Caio Cesar.

Segundo a Ação Penal, em 10 de dezembro de 1996, por volta das 15h, uma rebelião ocorreu no antigo presídio do Carumbé, com a fuga de cerca de 50 detentos. O 3º Batalhão da Polícia Militar, então sob o comando do tenente-coronel Leovaldo Sales, respondeu à chamada e recapturou 15 presos, incluindo Cláudio Andrade Gonçalves.

Por ordem do coronel Sales, os policiais levaram o detento Claudio e outro preso não identificado ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá para tratamento. No caminho, ao passar sobre um quebra-molas, na altura da Av. dos Trabalhadores, eles saltaram da viatura e fugiram.

Em janeiro de 1997, foram encontrados dois cadáveres na estrada de Barão de Melgaço, que foram enterrados como indigentes. O Ministério Público solicitou a exumação dos corpos, e na época, o material biológico foi identificado como sendo de Cláudio de Andrade Queiroz, de acordo com o processo. O Ministério Público argumentou que houve uma execução por ordem do coronel.

"O Júri absolveu os policiais militares ao levar em consideração que não foi possível determinar a causa da morte do detento na perícia. Os jurados também consideraram a falta de provas do assassinato", explicou o advogado Caio Cesar após o julgamento.

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