“Mentiras deslavadas”, argumenta o vereador cassado de Cuiabá, Marcos Paccola, ao acionar na Justiça o presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativos de Mato Grosso (SINDPSS/MT), Paulo Cesar de Souza, por declarar à imprensa que ele (Paccola) era amigo do agente penal Alexandre Miyagawa, o Japão.
Japão foi morto com tiros pelas costas, disparados por Paccola, em 1º de julho de 2022, por volta das 19h40min, em via pública. Na ação movida por Paccola contra o presidente, ele requer indenização por danos morais na ordem de R$ 38 mil. A ação foi proposta no segundo dia de janeiro de 2023, no 4º Juizado Especial Cível de Cuiabá.
Paccola alega que o presidente do Sindicato convocou uma coletiva em frente à Câmara Municipal de Cuiabá, em 04 de julho de 2022, e aproveitou os holofotes para disparar afirmações falsas sobre uma suposta relação de amizade entre ele (Paccola) e o Alexandre Miyagawa.
Na oportunidade, Paulo Cesar teria dito que Paccola e Alexandre se conheciam há tempos, e quando Japão entrou no sistema socioeducativo, adquiriu uma pistola do vereador cassado. “O vereador, como é amigo dele, É AMIGO DELE, fez um valor para ele que nós agora, outras pessoas, não conseguem pagar o valor que ele pagou na pistola com o vereador. [...] Quase todo sábado, quando ele estava de folga, ele convidava os colegas para ir lá atirar com a pistola dele [...], lá no estande de quem? Do vereador. O vereador falar que ficou lá 15 a 20 segundos olhando a cena, depois atirar no colega pelas costas?”, disse na ocasião.
Paccola nega categoricamente a amizade com a vítima. “Aliás, não o conheceu e nunca estabeleceu qualquer tipo de contato com ele antes do fatídico episódio”, complementa.
Ele nega também que tenha vendido arma e participado de churrasco com Japão. “No que se refere a pistola adquirida por Alexandre Miyagawa, é relevante destacar que esta foi comprada na empresa PZ Comercio de Artigos Profissionais Eireli ME, que não tem o requerente como proprietário nem sócio”, diz, e continua: “Além desses fatos, o requerido deu várias outras entrevistas precipitadas, recheadas de afirmações falsas, com a nítida finalidade de embaraçar a investigação e arruinar a imagem do requerente perante a sociedade. Reforça-se, o requerente nunca trocou uma palavra com o Alexandre Miyagawa, quem dirá convidar para churrascos em sua chácara. As mentiras não acabam por aqui. Nota-se que o requerido chegou ao cúmulo de afirmar que o requerente e o Alexandre estudaram juntos. Mentiras deslavadas! Que precisam ser combatidas pelo Poder Judiciário ou comprovadas pelo requerido”.
Para Paccola, com as declarações, o presidente do Sindicato quis “inflamar o ódio da sociedade e condenar antecipadamente ele perante a opinião pública, bem como atrapalhar as investigações e a ação criminal”.
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