Discussões marcaram nessa quarta-feira (1°.06), a audiência de instrução e julgamento do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, e a ex-namorada, Monique Medeiros da Costa e Silva, na Ação Penal envolvendo o caso do menino Henry Borel, 4 anos, morto no ano passado.
Logo no início da audiência os advogados Claudio Dalledone, que defende Jairinho; e Cristiano Medina da Rocha, que representa Leniel Borel de Almeida (pai de Henry Borel), precisaram ser separados pelos policiais militares que faziam a segurança do Tribunal do Júri.
O assistente de acusação questionou por diversas vezes o que chamou como de falta de objetividade da defesa do ex-vereador, ao questionar o perito Leonardo Hubir Tauil, que assinou o laudo de necropsia da criança.
“Em primeiro lugar, você abaixa o tom para falar. Você veja como fala comigo”, disse Claudio Dalledone. O advogado do pai de Henry retrucou: “Eu falo como quiser”. Em um determinado momento os dois chegaram a se encarar, mas acabaram sendo contidos pelos policiais que acalmaram os ânimos.
Outro momento de tensão foi protagonizado novamente por Dalledone ao se envolver em um bate-boca com a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, responsável pelo caso Henry Borel. Tudo começou quando o advogado interrompeu um comentário da magistrada durante o depoimento de Leonardo Hubir.
“Se o senhor me interromper mais uma vez, o senhor vai ficar lá fora", reagiu a juíza. O advogado respondeu: “Isso a senhora não pode fazer. Não fico lá fora. Vai mandar me prender?".
O bate-boca prosseguiu: "Então o senhor chama a polícia lá para mim (prender)", disse a juíza já bem exaltada. “Prender a senhora, não”, rechaçou o advogado Claudio Dalledone, que ao final da audiência afirmou que acionará a juíza Elizabeth no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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