A juíza da Vara Única de Poconé (a 104 km de Cuiabá), Kátia Rodrigues Oliveira, converteu a prisão em flagrante de W. C. de B., conhecido como Bazuca, em prisão preventiva. Ele é suspeito de envolvimento no latrocínio de Sergio Barbieri, 73 anos, assessor do deputado Valmir Moretto (Republicanos). A decisão foi divulgada nesta terça-feira (30.01).
Além da conversão da prisão de Bazuca, a juíza expediu mandado de prisão preventiva do comparsa, o empresário de Várzea Grande, E.P. de S. F., este com extensa ficha criminal e atualmente foragido, além da inclusão do nome do empresário no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP).
Na representação, o delegado Rogerio Gomes Rocha, justificou a existência de materialidade comprovada e indícios suficientes que evidenciam a ação conjunta dos suspeitos.
Na decisão, a juíza Kátia Rodrigues, alegou que a liberdade de W. C., pode comprometer a ordem social, visto que se trata de pessoa voltada para a prática criminosa que denota alto grau de periculosidade.
"Além disso, a aplicação da lei penal deve ser garantida, pois se solto, podem fugir do distrito da culpa e dificultar o cumprimento de futura sentença. Vale ressaltar, ainda, que a instrução processual deve ser preservada, evitando-se que venham a ameaçar ou atentar contra testemunhas, ou de outra forma, comprometer a regular produção de provas, como já o fez em sede Policial", diz trecho.
A juíza também acatou o pedido do delegado Rogerio Gomes, e autorizou a quebra de sigilo telefônico dos aparelhos apreendidos nos autos, justificando que as investigações são graves, punidas com a pena de reclusão e reprovabilidade, pois se trata de supostos cometimentos de latrocínio, associação criminosa, ocultação de cadáver e corrupção de menores. "Entretanto, para acesso aos dados requisitados o pedido merece ser apreciado a luz do Marco Civil da Internet", ressaltou.
W. C. de B., conhecido como Bazuca, 19 anos, foi preso horas após o crime, em sua residência. Em depoimento na delegacia, Bazuca negou conhecer o empresário, os adolescentes envolvidos no latrocínio, assim como a vítima, Sergio Barbieri.
Ele relatou que não havia saído de casa, pois havia deixado a prisão há dois dias e estaria aproveitando a família. "Sai da prisão faz 2 dias, e até então não sai de perto da minha família".
Indagado onde estaria na noite de sábado (27), até a madrugada do crime, ele disse que na residência da sogra, em um churrasco, acompanhado da esposa, e em seguida foram para casa dormir.
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