Os vereadores reeleitos, Marcrean Santos (MDB) e Dídimo Vovô (PSB), ambos postulantes ao comando da nova Mesa Diretora da Câmara para o biênio 2025/2026, estão na “bronca” com o recém-eleito Rafael Ranalli (PL). O “novato”, que é policial federal, afirmou que quatro ou cinco vereadores foram eleitos com financiamento de facção.
Marcrean Santos afirmou em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (23.10), que Ranalli será cobrado pela própria Câmara Municipal, considerando que no processo penal, o ônus da prova cabe ao acusador.
“Ele é uma autoridade para fiscalizar, buscar as informações e denunciar. Ao invés de falar, deve ir à Polícia Federal - da qual faz parte – denunciar. Ou leva a denúncia à Polícia Civil, ou ao Poder Judiciário. Ele tem que denunciar, dar nomes e provar o que está falando. A Casa vai cobrar. A partir do momento que você fala que tem quatro parlamentares eleitos com apoio do Comando [Vermelho], cabe a você, que acusou, ter o ônus da prova. Ele vai ter que provar”, declarou Marcrean.
Já o vereador Dídimo Vovô manifestou-se nessa terça-feira (22) em entrevista à imprensa. Segundo Dídimo, Ranalli precisa investigar, apresentar os nomes e encaminhar a lista para punição adequada.
“Tudo que você lança, você tem que ter provas, então, eu creio que esse Parlamento aqui é para debater ideias em prol do município de Cuiabá, o melhor para Cuiabá. Então, esse vereador que foi eleito, ele tem que ter as suas provas e não viver de ilusões de fada. Ele tem que mostrar quais são os nomes e de fato permanecer na sua linha de investigação e prender as pessoas culpadas”, declarou Dídimo Vovô.
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Prisão de vereador
O vereador Paulo Henrique (MDB) foi preso pela Polícia Federal e posteriormente afastado do cargo em setembro deste ano, acusado de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho. Ele responde a procedimento ético na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá.
Paulo Henrique foi liberado por decisão judicial proferida pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva do TJMT. Em sua decisão, o desembargador Luiz Ferreira da Silva afastou o vereador do cargo e também determinou que faça uso de tornozeleira eletrônica, bem como o proibiu de frequentar a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil.
“PH” como é conhecido, disputou a campanha à reeleição, obtendo 1.147 votos na eleição municipal de 2024. Ele ficou como suplente.
Atualmente, a vaga do vereador Paulo Henrique é ocupada pelo ex-secretário de Obras, Raufrides Macedo (PSD), que assumiu o lugar no Parlamento no início do mês de outubro.
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