Os vereadores de Cuiabá repudiaram os deputados federais mato-grossenses que votaram pela libertação do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018.
Liderados pela vereadora Maysa Leão (Republicanos), os parlamentares criticaram os votos de Abílio Brunini, Amália Barros, Coronel Fernanda, José Medeiros (todos do PL), e Coronel Assis (União). Apenas Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (União) e Juarez Costa (MDB) se posicionaram pela manutenção da prisão de Brazão.
“Se você tem um deputado envolvido em um crime bárbaro, que foi o crime do homicídio de Marielle Franco, uma vereadora, aguerrida, que estava ali fazendo seu trabalho, que teve sua vida exterminada por questões políticas. Se você diz que é preciso lisura, que a conduta de um deputado seja compatível com a de um miliciano, você está dizendo que não está preparado para defender este país, que padece de feminicídio, padece de violência de gênero”, declarou Maysa.
A parlamentar também “alfinetou” os deputados ligados à segurança pública, como José Medeiros, Coronel Assis e Coronel Fernanda. “É um absurdo que a bancada da direita ache haver possível defesa para a soltura de um criminoso. Então, se é o combate do crime: se é o bandido bom, é o bandido preso, que seja todo bandido, mesmo aquele que seja dos seus. E é digno de repúdio”, declarou a vereadora.
Maysa e os vereadores Mario Nadaf (PV) e Rogerio Varanda (MDB) também não pouparam o deputado Abílio Brunini (PL), que é pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá. Maysa refletiu como ficará Cuiabá se Abílio for prefeito.
Também manifestaram contrários ao voto da maioria da bancada mato-grossense, classificando como "vergonhoso posicionamento", as vereadoras Michelly Alencar (União) e Edna Sampaio (PT), bem como, os vereadores Adevair Cabral (Solidariedade), Sargento Vidal (MDB) e Demilson Nogueira (PP).
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