Os vereadores de Várzea Grande votaram na sessão ordinária de terça-feira (18.04), oito projetos de lei. Durante a sessão, foi discutido sobre os problemas de saúde em Cuiabá, que estão causando um colapso na saúde de Várzea Grande, visto que as unidades não estão conseguindo atender toda a demanda de pacientes.
A vereadora Gisa Barros (União) usou a tribuna para cobrar o governador Mauro Mendes (União), sobre os feitos da intervenção na Saúde da Capital. A parlamentar suplicou ao governador, em nome da população, afirmando que não vê resultados na intervenção, e que Várzea Grande irá colapsar caso, continue desta forma.
Ela destacou que o município várzea-granense tem 315 mil habitantes, e as unidades de saúde estão deixando de atender os próprios munícipes para conseguir ajudar Cuiabá. A vereadora também pediu que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e o governador Mauro Mendes cessem a “picuinha” para fazerem um bom trabalho à população.
“Faço um clamor ao governador do Estado. Nossas UPAs e Prontos-Socorros estão lotadas, porque Cuiabá não atende. Por favor, governador, o povo não tem plano de saúde e precisa do SUS. Precisa acabar com essa picuinha entre Cuiabá e o Estado. Pelo amor de Deus! Estou pedindo em nome do povo. Várzea Grande vai colapsar, porque não tem como atender todos, nós já temos 315 mil habitantes, e aí temos que atender Cuiabá porque não estão fazendo o dever de casa? Então, para que serve essa intervenção?”, questionou a vereadora.
Gisa Barros criticou Mauro e Emanuel, dizendo que estão fingindo trabalhar somente para intervir reciprocamente. Ela continuou dizendo que isso está causando prejuízo a população, que além de doente, também fica cansada, tendo que esperar mais de 6 horas na fila para ser atendida.
“A intervenção é para fingir que estão um intervindo o outro e que estão trabalhando? Até quando? São crianças e adultos sofrendo, que ficam mais de 6 horas esperando porque está lotado”, questionou.
A vereadora enfatizou que o problema também sobrecarrega os funcionários e os médicos, que logo irão pedir demissão por não aguentar tanta demanda e atendimento. Gisa afirmou que a maioria da população não tem condições de pagar plano de saúde e nem atendimento particular, por ser muito caro. Ela mencionou que muitos estão devendo e não conseguem tirar um dinheiro para pagar atendimento privado. Gisa diz que continuará cobrando um posicionamento do governador.
“Isso está sobrecarregando os nossos funcionários, os nossos médicos vão largar de atender e pedir demissão aqui na nossa cidade, porque Cuiabá não está atendendo. Com esse aumento de demanda, como vão aguentar atender? Eu vou continuar cobrando, porque o meu povo não tem como pagar um plano de saúde. A maioria da população está devendo, como que vai pagar?”, disse.
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