O governador Mauro Mendes (União) classificou como "eleitoreira" a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada por deputados estaduais sobre a Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos, que prevê uma recomposição salarial de 20%. Segundo ele, a medida visa "enganar" a população e "fazer todos de trouxa", uma vez que a Constituição Federal e a Estadual vedam projetos legislativos de iniciativa parlamentar que aumentem gastos públicos.
Apesar de considerar a proposta inconstitucional, Mauro alertou que, se aprovada e promulgada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a medida pode gerar um impacto de R$ 3,5 bilhões por ano aos cofres estaduais.
"É uma PEC que fala em 20% de RGA. Foi comentado e realizada audiência pública. Isso representa R$ 3,5 bilhões a mais, anualmente, de despesa para o Estado. Todos nós, mato-grossenses, teremos que pagar. Isso, praticamente, destrói as finanças públicas de Mato Grosso. É um projeto inconstitucional. Estão brincando com a cara do servidor e dos mato-grossenses. Eles não podem fazer isso. É óbvio que é eleitoreiro", afirmou Mauro à imprensa na sexta-feira (25.04), durante a inauguração da ponte Professora Sarita Baracat de Arruda, entre Cuiabá e Várzea Grande.
Ainda segundo o governador, práticas de "política eleitoreira" para conquistar "uns votinhos" precisam ser banidas, pois acabam prejudicando toda a população, especialmente no aspecto financeiro do Estado
Ainda segundo o governador, práticas de "política eleitoreira" para conquistar "uns votinhos" precisam ser banidas, pois acabam prejudicando toda a população, especialmente no aspecto financeiro do Estado.
"Tem que parar com isso. Fazem-nos perder tempo, fazem o Judiciário perder tempo e enganam as pessoas, tratando-as como se fossem trouxas. Esse tipo de política precisa ser banido do nosso meio. Temos que fazer coisas sérias, que tragam resultados. Isso não traz resultado", finalizou.
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