O vereador por Várzea Grande, Jero Neto (MDB), durante sessão ordinária da Câmara de Várzea Grande desta terça-feira (13.06), disse ser contra projeto do Governo do Estado que proíbe a pesca em Mato Grosso, e que a proposta é sinônimo de desemprego.
Conforme o parlamentar, diversos municípios mato-grossenses sobrevivem, ainda, devido à pesca, destacando que o turismo não tem incentivo no Estado, e com a aprovação do projeto, a economia de vários municípios enfrentará dificuldades.
“Sou contra a Cota Zero. Muitos municípios dependem da pesca, além dos ribeirinhos, o comércio local e pescadores. O turismo em Mato Grosso não tem nenhum incentivo e atua na precariedade dos municípios que ainda se sustentam através da pescaria. Como ficarão os comerciantes locais? Como ficará um pai de família durante cinco anos, que receberá um salário mínimo no primeiro ano, 50% no segundo ano e 30% do salário no terceiro ano”, disse o vereador.
Ele argumentou que o Governo do Estado deve investir nas fiscalizações, visto que já existem projetos que defendem a pesca, como por exemplo, o período da piracema. Conforme Jero Neto, há grandes chances de municípios "falirem" em caso de aprovação do fim da pesca.
“Já existe um período de quatro meses de piracema. Sugiro que aumente as fiscalizações, dobrem o contingente, mas não deixem falir o nosso comércio e o nosso pouco turismo em Mato Grosso. O Governo deveria rever essa situação. Sou a favor da comunidade do ribeirinho e estou pronto para cobrar! Agora depende dos deputados”, declarou
Ao final, o vereador disse que o projeto do Governo irá fomentar o desemprego em Mato Grosso, deixando muitas famílias desamparadas; e que irá prejudicar principalmente a cultura de Mato Grosso, visto que a pesca faz parte da história do Estado. “A pesca faz parte da cultura mato-grossense. Esse projeto não é de grande valia. Não existe, pelo menos eu não achei, um estudo específico sobre essa situação da Cota Zero. A proibição da pesca irá afetar muitos municípios. Na minha opinião, a Cota Zero é zero turismo e desemprego em Mato Grosso”, encerrou.
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