O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) defendeu, na segunda-feira (10.04), em entrevista ao , que o diretório municipal do partido em Várzea Grande precisa adotar uma posição clara diante da gestão da prefeita Flávia Moretti (PL): ou integrar a base governista ou assumir uma postura de oposição.
“Já que o União Brasil perdeu a eleição junto com o MDB em Várzea Grande, não deveria fazer parte da administração. Sem discriminar: projeto bom para Várzea Grande tem que ser votado; projeto ruim, rejeitado”, afirmou o ex-prefeito da cidade.
Apesar do embate, alguns vereadores da sigla têm demonstrado alinhamento com a atual gestão. É o caso da vereadora Rosy Prado, que se envolveu recentemente na polêmica do “fura-fila”, sendo acusada de ter realizado um exame de endoscopia à frente de 227 pacientes. A parlamentar utilizou a tribuna da Câmara para defender a prefeita e negar a existência de filas na saúde pública municipal.
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Diante desse cenário, Júlio Campos afirmou que pretende conversar com o presidente municipal do partido, Juarez Toledo Pizza, para definir um encaminhamento institucional. “Tem que haver uma reunião e autorização. Acho que o partido tem que ser chamado, ouvido, discutido. Se a maioria entender que deve fazer parte da gestão, que assim seja”, declarou.
Júlio também lembrou que, mesmo sendo oposição ao governo federal, o União Brasil ocupa três ministérios na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que tem levado senadores e deputados federais da sigla a votarem alinhados ao Palácio do Planalto — realidade diferente da vivida no Estado de Mato Grosso.
“O governador Mauro Mendes é do União Brasil. A bancada tem todo o perfil para brigar e lutar pela aprovação dos projetos do governador na Assembleia. Agora, aqui em Várzea Grande, o diretório precisa se reunir e se posicionar”, concluiu.
A fala do parlamentar faz referência ao cenário político pós-eleição, em que o União Brasil apoiou a candidatura do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) contra Flávia Moretti. Além disso, as duas siglas ingressaram com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a chapa eleita, por suspeitas de caixa dois e disseminação de fake news durante a campanha.
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