O governador Pedro Taques participou nesta quinta-feira (30.07) da reunião dos governadores com a presidente Dilma Rousseff. O chefe do Executivo mato-grossense solicitou que os Estados também possam participar das discussões inerentes ao ajuste fiscal, proposto pela União para equilibrar as contas públicas.
Taques afirmou que a abertura de diálogo com os governadores foi o ponto mais importante do encontro. “Não há como falar de federação com um presidencialismo imperial, tendo só uma pessoa decidindo”, declarou o governador.
Segundo Taques, também foi discutida a proposta de unificação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a perda dos estados produtores de matéria-prima, que hoje dependem da compensação do Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações (FEX).
O governador afirmou que a presidente reconheceu que Mato Grosso ajuda muito o Brasil com seu grande volume de produção voltado à exportação. “Nós defendemos estrategicamente alguns investimentos para o estado, que são para ajudar o Brasil. Um exemplo são o R$ 1,5 bilhão de operações de crédito que estão contratadas, mas estão paradas no Ministério da Fazenda. Recebemos o sinal de que é possível a liberação desses empréstimos”, afirmou.
Taques informou que convidou a presidente e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para participarem da segunda reunião dos governadores do Brasil Central que acontecerá na próxima sexta-feira (07.08), em Cuiabá.
Apesar da crise econômica que afeta o país, a presidente Dilma afirmou que o governo tem condições de se reerguer. Segundo ela, a primeira medida a ser tomada para reduzir os impactos do atual momento é a contenção da inflação, fato que, conforme pontuou, criará bases para o que chamou de “novo ciclo de expansão sustentável para o crédito”.
Em seu pronunciamento, a presidente pediu que os governadores não avalizem projetos que estão em tramitação no Congresso Nacional que devem surtir efeito nos estados e, portanto, no país.
Dilma também propôs que seja estabelecida uma cooperação federativa entre o Governo Federal e os Estados em prol da segurança do país, especialmente no que diz respeito aos homicídios, uma vez que o Brasil lidera os rankings mundiais. “Sabemos que muita coisa ainda precisa melhorar porque nosso povo está sofrendo. Nós devemos cooperar cada vez mais, independentemente das nossas afinidades políticas”, afirmou.
Para Taques, a proposta de cooperação da presidente é possível. Mas, ressaltou que é preciso pensar em mão dupla, em que um ajuda o outro para que possa dar certo.
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