O vereador e deputado eleito, coronel Taborelli (PV), disse nessa quarta-feira (26.11), que os vereadores de Várzea Grande precisam entrar em consenso e afastar o prefeito Walace Guimarães (PMDB) por conta das investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na Prefeitura, que tem como um dos “alvos” o peemedebista.
“A Prefeitura, Secretarias foram todos reviradas pelo Gaeco buscando documentos relacionados a fraudes em licitações e contratos que eram de conhecimento do Poder Executivo. Não podemos deixar isso acontecer no município. Nós como fiscalizadores do povo temos que tomar uma atitude e afastar esse prefeito. Precisamos nos unir porque eu sozinho não irei conseguir”, declarou o parlamentar durante a sessão da Câmara.
De acordo com ele, as denúncias contra Walace são graves e é necessário que a Câmara instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investiga-las e também para que o Legislativo municipal possa acompanhar as investigações do Gaeco.
“Nós temos que investigar essa denúncia e todas as outras. Eu já denunciei várias vezes os atos de improbidade que vem sendo praticados por essa administração que está aí”, disse Taborelli.
O vereador Chico Curvo (PSD) disse que Várzea Grande passa atualmente por uma “vergonha nacional”, devido às denúncias contra o prefeito que resultou na operação “Camaleão” – deflagrada na semana passada.
“É uma vergonha o que Várzea Grande está passando. Está estampado em todos os meios de comunicação do Estado, assim como de todo país, o momento vergonhoso que nós passamos como essa operação na Prefeitura. Analisando essa situação cheguei uma conclusão que o povo deve escolher melhor os seus governantes para não acontecer o que aconteceu aqui na semana passada”, declarou Curvo ao usar a tribuna da Casa de Leis.
Apesar da declaração dos parlamentares, grande parte dos vereadores da Câmara descarta, nesse primeiro momento, a abertura de uma CPI contra Walace e afirmam que é necessário aguardar o decorrer das investigações do Gaeco.
Entenda - O Gaeco investiga fraudes no processo licitatório e na execução do contrato entre a Prefeitura e a Construtora Carneiro & Carvalho, no valor de mais de R$ 10 milhões para reforma e manutenção dos prédios públicos do município.
Conforme denunciado com exclusividade pelo VG Notícias, seis meses antes de vencer o certame a empresa fez uma alteração contratual, deixou de vender sapatos para virar construtora.
Do valor total do contrato (R$ 10 milhões), R$ 4 milhões já haviam sido repassado a Carneiro & Carvalho -, o restante do pagamento foi suspenso após o Tribunal de Contas do Estado aprovar uma medida cautelar suspendendo os pagamentos e contratos da empresa com o município.
Conforme o Gaeco, as fraudes eram realizadas desde a habilitação da licitação, onde atestados eram falsificados para que empresas participassem do certame e depois “consagrasse” vencedora. Outro tipo de fraude acontecia na execução dos contratos quando as empresas recebiam sem executar todo o serviço a qual era contratada para realizar.
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