“Pessoalmente não gostaria que fosse quatro anos, mas houve um fechamento de questão dos partidos com o presidente da Câmara. Eu segui a orientação partidária. Então, por isso votei”, justificou a deputada federal Professora Rosa Neide (PT-MT), sobre seu voto favorável à emenda articulada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que traz de volta ao novo Código Eleitoral à exigência de quarentena de quatro anos para juízes, membros do Ministério Público, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais e policiais militares que concorrerem às eleições. A emenda foi aprovada na última quarta-feira (15.09), e valerá a partir das eleições de 2026.
Rosa Neide, afirmou ao que prefere chamar a "quarentena" de interstício por se tratar de quatro anos e não quarenta dias. A deputada declarou que a proposta precisa ser discutida com “muito cuidado para não deixar algumas carreiras punidas por um tempo muito longo.”
“Eu mesma fiz a defesa de dois anos, não só para policiais, têm os meios de comunicação também, porque algumas pessoas têm muita interação com o público, então, levam uma vantagem muito grande em quem não é conhecido”, declarou Rosa Neide.
A deputada argumentou que o interstício acontece em vários países do mundo, a exemplo da Inglaterra, e outros países europeus considerados mais democráticos. Ela afirmou não concordar com o tratamento diferenciado em razão da profissão, mas entende a necessidade da medida.
“São profissões que têm relações de Poder sobre a população, portanto, é necessário o interstício. São juízes, promotores de altas patentes, e esse prazo de quatro anos (previsto no texto aprovado na Câmara), é para que as pessoas possam se afastar da função. Esse interstício, com o texto encaminhado ao Senado, ainda há um período para discussão”, encerrou.
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