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Política Sexta-feira, 31 de Março de 2017, 16:19 - A | A

Sexta-feira, 31 de Março de 2017, 16h:19 - A | A

revelações bombásticas

Riva aponta que deputados receberam propina da AL/MT; Ex-prefeito de VG está na lista

Geraldo Araújo & Lucione Nazareth/ VG Notícias

VG Notícias

Riva

Ex-deputado José Riva sendo interrogado

O ex-deputado estadual José Riva (sem partido) presta neste momento depoimento à pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, na ação penal relativa à 'Operação Imperador' deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Riva é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de desviar em torno de R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de fraudes na aquisição de material de escritório. Segundo a denúncia do MP, as compras ocorreram de forma superfaturadas, no período de 2005 a 2009.

A esposa do ex-deputado, Janete Riva, é apontada pelo MP como a pessoa que validava a entrada de material de expediente na Assembleia, sem que eles jamais tenham sido entregues ao legislativo. Na época dos fatos, Janete ocupava a função de secretária de patrimônio da AL/MT.

O novo depoimento atende pedido da defesa do ex-deputado que enfatizou a necessidade do reinterrogatório.

Depoimento – O ex-deputado começa o depoimento afirmando que após Blairo Maggi assumir o governo do Estado em 2003, o líder do governo, deputado René Barbour queria saber, em nome dos demais parlamentares, se eles continuariam a receber propina como recebiam no governo de Dante de Oliveira.

Blairo disse que era para fazer o orçamento, e o que precisava ele repassaria alguma coisa. Segundo Riva, as empresas que participaram do esquema, foram utilizadas para viabilizar “pagamentos por fora” para os deputados. A propina aos deputados seria feito no governo Maggi por meio do duodécimo.

O ex-parlamentar garante que entre 2003 e 2004, foram movimentados R$ 2,5 milhões por meio das empresas Livropel, Hexa, Amplo e Real. Em 2005, aumentou para R$ 3 milhões, em 2006 o valor chegou a R$ 5 milhões, em 2007 ao montante de R$ 12 milhões, em 2008 R$ 15 milhões e em 2009 R$ 20 milhões.

Riva conta que em 2007 e 2008, o dinheiro do esquema, R$ 2,5 milhões, foi usado para comprar a vaga do Sérgio Ricardo no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Segundo ele, Blairo Maggi foi para a África com o então conselheiro Alencar Soares para desfazer o negócio da indicação de Sérgio Ricardo e indicar Éder Moraes no TCE.

Ele declarou que a TV do ex-deputado Maksuês Leite foi comprada com dinheiro do esquema.

O ex-deputado cita que os pagamentos de propina aos deputados eram realizados por ele, Edmar e o ex-deputado Sérgio Ricardo, e que os pagamentos ocorriam no Colégio de Líderes dentro da Assembleia Legislativa, e lembra que o único que discordava era o ex-deputado Otaviano Pivetta.

Segundo ele, deputados combinavam e assinavam relatório dizendo que recebiam material sem receber. Conforme Riva, apenas Pivetta assinava e recebia o material, e que não assinava material que não recebia.

Conforme o ex-deputado, o esquema era mantido em sigilo, mas que os deputados assinavam os relatórios sabendo da irregularidade.

Atualizada ás 16h30 - Riva diz que licitações eram combinadas e usadas para os desvios de aproximadamente 60 empresas, e revela os seguintes deputados que receberam e sabiam do esquema: Silval Barbosa, Humberto Bosaipo, João Malheiros, José Domingos Fraga, Walace Guimarães, Walter Rabelo, Maksuês Leite, Sérgio Ricardo, Alencar Soares, Pedro Satélite, Wagner Ramos, Carlos Brito, Gilmar Fabris, Percival Muniz, Juarez Costa, Guilherme Maluf, Eliene Lima, Sebastião Rezende,  Chico Galindo, Natanael de Jesus, Mauro Savi, Campos Neto,  Zeca D'Avila, Airton Português, Adalto de Freitas, Antônio Brito, Ademir Bruneto, Chica Nunes, Juarez Costa, Renê Barbour, Nilson Santos, Carlão Nascimento, Dilceu Dal' Bosco.

Conforme Riva, os únicos deputados que não receberam foram Vera Araújo - a Verinha -, Pivetta, e José Carlos do Pátio.

O ex-deputado revela que até o governo Dante de Oliveira tinha “mensalinho”, e que em seu governo Blairo Maggi garantiu que iria reforçar o duodécimo da Assembleia Legislativa se os deputados se virassem com orçamento que possuíam.

Riva cita o envolvimento do empresário de Várzea Grande, Wilson da Grafite, dono da Papelaria Grafite, no esquema da AL/MT.

Ele disse que chegou afastar o servidor Edmar porque ele estava falsificado sua assinatura nos pagamentos da Legislativo.

Ao encerrar o depoimento, José Riva diz a juíza, que todos os dias ele lembra as palavras do ex-deputado Otaviano Pivetta, dizendo para ele (Riva) não fazer nada ilícito porque um dia estes parlamentares que estavam sendo favorecidos com as coisas erradas, iriam deixá-lo na mão. E por outro lado, Riva disse que lembra também, as palavras de Makuês Leite dizendo para ele fazer "dinheiro" porque tinha compromiso para cumprir. E que ele deveria continuar fazendo as coisas erradas.

 

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