O presidente da Assembleia Legislativa (AL/MT), deputado Eduardo Botelho (União), em entrevista à imprensa nessa quarta-feira (30.08), disse que o ex-policial militar, Almir Monteiro dos Reis, não pode ficar em um presídio com proteção especial. Almir matou a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, com requintes de crueldade.
“Ele é um bandido. Já vinha do crime, sempre esteve no crime, nunca deixou o crime. Então, nós não podemos considerá-lo um ex-policial e dar um presídio com proteção especial para ele. Acho que ele tem que estar no meio onde ele merece, onde ele realmente é, dos bandidos comuns e da pior classe que existe. Esse é o lugar que ele deve estar”
Botelho, ainda, ressaltou que Almir não é meramente um ex-policial, mas sim um bandido que utilizou da polícia e da farda para cometer crimes, pois entrou na corporação já sendo um bandido. “Apenas aproveitando, vendo uma oportunidade para ele cometer mais crimes usando da farda, usando da arma da polícia. Ele é um bandido, então ele já vinha do crime, sempre esteve no crime, nunca deixou o crime”, enfatizou o deputado.
O presidente da AL/MT também sustentou a posição de que criminosos como o assassino da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni não deveriam ser beneficiados com tratamento diferenciado em relação a outros infratores de crimes graves.
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Repercussão
O caso da transferência de Almir Monteiro para a prisão de Chapada dos Guimarães (a 70 km da capital), ordenada pelo corregedor prisional, Juiz Geraldo Fidelis, gerou polêmica e repercutiu na sessão ordinária da Assembleia Legislativa, dessa quarta (30.08). O deputado Wilson Santos (PSD), apresentou um projeto de decreto legislativo, que susta os efeitos do § 1º do artigo 2º da Portaria nº 066/2021/GAB/SAAP/SESP, de 15 de setembro de 2021, da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso.
Wilson sustenta que o ex-policial não faz jus à regalia, já que foi expulso da Polícia Militar após ser preso em flagrante por roubo a um posto de combustíveis em Cuiabá, em fevereiro de 2013.
Contudo, Botelho pediu vista do projeto. Ele explicou ser um assunto que causa indignação, mas que tem que ser estudado, uma vez que a discussão é se o projeto não pode criar problema para os policiais atuais. O presidente da AL/MT disse que o assunto será discutido e finalizado na sessão da próxima semana.
Vale destacar, que a transferência de Almir foi justificada como uma medida necessária para salvaguardar a integridade física do detento. Saiba mais: Juiz diz que não assinará sentença de morte e manda assassino de advogada voltar para presídio em Chapada
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