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prefeita Eliane Liberato
A prefeita de Cáceres (a 219 km de Cuiabá), Eliane Liberato (PSB) denunciou em suas redes sociais que foi ameaçada por comerciantes após decretar quarentena obrigatório na cidade, conforme determina decisão judicial e decreto do governador Mauro Mendes (DEM).
A gestora lembrou que o isolamento social é a única “arma” para a população se defender da Covid-19 e foi enfática ao afirmar que ameaças não irão calá-la.
“Vocês não vão me calar, isso é perseguição por eu ser mulher, isso é violência política de gênero. Estou aqui lutando pela vida de vocês, principalmente pelos que me perseguem, pois a única saída que temos para esse vírus é o isolamento social e a vacina. Estou fazendo o meu trabalho de gestora, e vou continuar fazendo o que for melhor pra Cáceres” destacou.
Eliane Liberato pediu respeito e disse que suas medidas são para proteger a população. “Hoje mais do que nunca, eu peço respeito, na verdade, eu exijo respeito de todos esses homens e mulheres que falaram barbaridades da minha pessoa. Eu sou mulher e prefeita, democraticamente eleita. Estou aqui, lutando, expondo minha família e me arriscando, não apenas por quem votou em mim, mas por toda a população cacerense” desabafou.
Com 94.376 habitantes, Cáceres, conforme boletim estadual, possui atualmente 6.717 casos de Covid-19, sendo que do total, 5.931 estão recuperados, 529 em isolamento domiciliar, 44 internados e 211 pessoas foram a óbito em decorrência de complicações do vírus.
A cidade também está classificada com risco muito alto para disseminação do vírus, e por conta disso, adotou no último dia 29 medidas mais restritivas com objetivo de impedir o crescimento da taxa de contaminação no território e reduzir o impacto no sistema de saúde.
Dentre as principais medidas não-farmacológicas adotadas encontram-se a quarentena coletiva obrigatória no território do município; suspensão de aulas presenciais em creches, escolas e universidades; implantação de barreiras sanitárias; proibição da realização de eventos e proibição de atendimento presencial em órgãos públicos.
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