Em um Estado com 141 municípios, pelo menos em nove deles, os de maior densidade eleitoral, terão vereadores - presidente das câmaras municipais ou não - candidatos a deputado neste ano, segundo apurou o .
Nos quatro maiores colégios eleitorais do Estado, Cuiabá e Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, os presidentes do legislativo local, ainda na condição de pré-candidatos, lançaram mão das candidaturas, num processo que se repete a cada eleição e que vez ou outra tem emplacado vencedores.
Em Cuiabá e Várzea Grande, dois dos maiores municípios em população do Estado, Juca do Guaraná (MDB) e Fabinho Tardin (União), presidentes dos legislativos da Capital e Várzea Grande, respectivamente, estão com o bloco na rua e faz tempo. Ambos são reconhecidas lideranças emergentes, mas ainda estão longe de serem os chamados de campeões de votos.
Juca vem no terceiro mandato, e nunca chegou no topo: foi o 16º colocado nas últimas eleições, o oitavo em 2016 e o 18º em 2012. Como presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, contudo, a visibilidade aumentou e é justo que aposte numa eventual eleição à Assembleia Legislativa. O mesmo se fala de Tardin, que na sua estreia na política eletiva em 2016 ficou em 4º lugar e no atual mandato foi o vencedor nas urnas disparado, com 3.828 votos, tornando-se presidente do legislativo várzea-grandense, o que lhe dá impulso para acredite numa candidatura viável ao parlamento estadual.
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Em Rondonópolis, o presidente da Câmara Municipal, Roni Magnani é candidatíssimo, assim como o filho do ex-deputado falecido Jorge Abreu, Paulinho Abreu, pretende uma cadeira na Assembleia Legislativa pela região de Sinop.
As câmaras de vereadores são, na teoria, o caminho mais viável para que um vereador se torne um deputado, em que pese não ser esta a única rota. Na bancada da Assembleia Legislativa atual, Xuxu Damolin, Wilson Santos, Elizeu Nascimento, Kalil Faissal, Max Russi, Lúdio Cabral, Paulo Araújo, Thiago Siva e Alan Kardec vêm de experiência como vereadores nos seus municípios.
Mas há casos semelhantes a lembrar. Além destes, Roberto França, José Lacerda, Nico Baracat, Sérgio Ricardo, Guilherme Maluf, Chica Nunes, Jorge Abreu, Walace Guimarães, Romoaldo Júnior, Roberto Nunes, Pery Taborelli, Dito Pinto, Zilda Pereira Leite, Campos Neto e Branco de Barros saíram do legislativo municipal para o andar superior, em eleição seguinte, com sucesso.
Alguns, mesmo com poder e recursos, patinaram, ficando a poucos votos do Palácio Dante de Oliveira. Hoje, Para citar um exemplo, Toninho de Souza, vereador sempre muito bem votado por Cuiabá, acabou como suplente na AL, assumiu, mas sem a segurança que o mandato eletivo e efetivo proporciona. No mesmos sentido, Adevair Cabral, Sebastião Norberto Batico (que não subiu por 22 votos), Garcês Toledo Piza bateram na trave, mas não se elegeram.
Como a lei eleitoral não prediz impedimento para que os vereadores que tentam eleições para deputados permaneçam com os cargos originais, após a derrota, sem necessidade de desincompatibilização, eles voltam tranquilos e a vida segue. É o caso atual dos nove pré-candidatos, entre eles Juca e Tardin, que podem tentar a sorte grande sem ter seus mandatos atuais comprometidos ou ameaçados.
DANTE FICOU ...
Só como detalhe, o ex-eputado federal, ex-prefeito de Cuiabá ex-governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira, tentou ser vereador, mas foi derrotado por duas vezes, em eleições sequenciais.
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