O senador Jayme Campos (DEM) ficou encarregado de decidir sobre aceitar ou não pedido da Representação proposta por lideranças do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), da Rede Sustentabilidade (Rede) e do Partido dos Trabalhadores (PT) contra o senador Flávio Bolsonaro (sem partido) por quebra de decoro parlamentar.
Na manhã hoje, parlamentares e lideranças do PSOL, Rede e PT protocolaram a Representação contra o filho de Jair Bolsonaro acusando Flávio por ter ligação com a milícia do Rio de Janeiro. Também citam a relação do senador com o miliciano Adriano da Nóbrega, morto em operação policial em 9 de fevereiro.
“As investigações levadas a efeito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e muitas das posturas como político, manifestações públicas como discursos, publicação de fotos, homenagens reiteradas efetuadas na Assembleia Legislativa e a nomeação no gabinete de parentes e de pessoas muito próximas de milicianos do Rio de Janeiro, confirmam a denunciada forte e antiga relação com milícias, recheada da prática de ilícitos outros”, diz trecho da Representação.
Além disso, as líderanças partidárias citaram ainda uma investigação feita no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro, por suspeita de funcionários fantasmas e da prática da "rachadinha". A Representação foi entregue ao senador Jayme Campos, presidente do Conselho de Ética do Senado.
O democrata afirmou que irá ouvir assessoria jurídica da Casa para decidir se aceita a representação. “Vou cumprir literalmente o que determina a lei, a Constituição Federal e o Regimento Interno do Senado oferecendo o direito da ampla defesa ao representado e recorrendo à advocacia geral da Casa, que é o órgão competente para subsidiar o andamento do processo”, disse Campos.
Caso Jayme aceite a Representação, Flávio Bolsonaro será notificado e terá prazo de 10 dias para apresentar sua defesa.
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