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Política Domingo, 01 de Dezembro de 2024, 18:00 - A | A

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Deu a volta por cima

Wanderley Cerqueira diz que foi “pisado” e condenado injustamente no pleito de 2020: “Ganhei, mas não levei”

"O TJ fez justiça, mas até hoje eu não tomei posse", disse Wanderley Cerqueira sobre a eleição 2020

Adriana Assunção/VGN

O vereador eleito de Várzea Grande e candidato à Presidência da Mesa Diretora para o biênio 2025/2026, Wanderley Cerqueira (MDB), alega ter sido “injustiçado” ao ser condenado por improbidade administrativa, afirmando que pagou por um crime que não cometeu. Eleito vereador em 2020, Cerqueira conseguiu reverter a decisão judicial em maio de 2022, mas, até o momento, não conseguiu assumir sua vaga na Câmara Municipal.

“Fui injustiçado, condenado, e cumpri pena por um crime que não existiu. Isso foi reconhecido no acórdão do Tribunal de Justiça. O TJ fez justiça, mas, até hoje, não tomei posse. Ganhei, mas não levei. Continuo sendo injustiçado. Até hoje sofro com essa injustiça”, declarou Cerqueira.

Cerqueira, que retornará ao Parlamento municipal a partir de janeiro de 2025, relatou ao portal que enfrentou humilhações e chegou a ouvir que “estava morto” politicamente. Apesar disso, sem citar nomes de adversários, ele afirmou não guardar mágoas e atribuiu seu retorno ao respeito que sempre dispensou a todos que o procuraram.

“Sou um vereador que respeita todos, desde um mendigo. Quem chega à minha mãe, eu convido para almoçar. Deus existe! Deus fez justiça! Fui injustiçado e muitas pessoas tentaram me prejudicar, mas não guardo mágoa. Acredito que Deus escolheu o momento certo para meu retorno. Talvez 2020 não fosse o momento para mim”, desabafou.

Eleito em 2020, Wanderley foi impedido de assumir o mandato com base na Lei da Ficha Limpa. Caso ele tivesse tomado posse, a composição da Câmara Municipal seria alterada, o que poderia resultar na perda do cargo pela vereadora Gisa Barros (PSB).

Mesmo diante dos embates jurídicos, Wanderley Cerqueira permanece até hoje sem exercer o mandato no Parlamento. Contudo, ele afirma que sua maior satisfação foi provar sua inocência.

“Fui condenado e cumpri pena por um crime que não existiu. Poderia entrar na Justiça para buscar indenização, mas isso é um dinheiro que nem quero. Só de provar minha inocência já valeu mais do que tudo. Comprovei que nunca fui ficha suja. Quando me candidatei pelo PV em 2020, eu era ficha limpa. Provar minha inocência foi mais valioso que qualquer dinheiro”, concluiu o vereador eleito.

Leia também: Wanderley Cerqueira reverte decisão no TJMT e pode assumir mandato; Gisa Barros perde cadeira

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