Os municípios estão despejando seus pacientes sem qualquer tipo de encaminhamento, afirmou o secretário de Saúde de Várzea Grande, Diógenes Marcondes, nesta segunda-feira (13.11), ao admitir que há superlotação no Pronto-Socorro do município.
Outro fator que ajudou nesta superlotação, segundo Marcondes, é o fechamento das portas do Pronto-Socorro de Cuiabá para atendimento de novos pacientes.
“O que está acontecendo e que eles estão colocando os pacientes nas ambulâncias, sem regular, e largando aqui na porta do Pronto-Socorro para consultas básicas. Por isso está lotando o Pronto-Socorro. Eles estão deixando os pacientes: Se vira. Fica aí na fila que eles irão te atender de todo o jeito. Obrigação nossa é atender. A gente está trabalhando para conscientização dos municípios do interior para isso não mais acontecer”, declarou o secretário.
Conforme ele, nos últimos dias, 90 pacientes de cidades do interior deram entrada no Pronto-Socorro -, e com o fechamento das portas do Pronto-Socorro de Cuiabá para atendimento de novos pacientes a situação ficou mais crítica.
“Tem hoje 90 pacientes que poderiam ser atendidos na rede do interior ou na própria rede de Cuiabá, e vieram para cá”, relatou informando que estes pacientes estão no corredor do Pronto-Socorro sendo que muitos deles, segundo ele, poderiam terem sido atendidos nos municípios de origem por não apresentarem quadro de risco.
Para mudar a situação, o secretário disse que os municípios do interior precisam fazer a regulação dos pacientes de urgência e emergência, como também trabalhar a atenção básica com classificação de risco, irá auxiliar na redução de pacientes no Pronto-Socorro.
“Se os municípios tivessem unidades de saúde da atenção básica não lotaria a unidade de Várzea Grande. Para ter uma ideia, a UPA do Ipase aumentou em 30% o número de atendimento, de setembro a outubro”, revelou o gestor, dizendo que com isso o município aumentou o gasto com insumos na unidade. A UPA que custava em torno de R$ 620 mil por mês, após aumento no número de atendimentos hoje está em torno de R$ 790 mil.
Além disso, Diógenes revelou que o município articula junto a Secretaria de Estado de Saúde para a realização de um mutirão de cirurgias eletivas. “Isso irá diminuir o número de pacientes no Pronto-Socorro, e zerar a fila de cirurgia eletivas em Várzea Grande”, finalizou.
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