O deputado federal Neri Geller (PP-MT) afirmou que as críticas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes foram pontuais.
Temido, Alexandre foi responsável por decisões que tiraram do ar perfis bolsonaristas das redes sociais no inquérito das fake News. Ele também foi responsável por autorizar diversas buscas e apreensões que resultaram em prisões no inquérito que apura atos antidemocráticos contra ministros do STF.
Ontem, durante a visita em Cuiabá, Bolsonaro que anteriormente havia acusado o STF de acabar com "liberdade" mudou seu discurso e escolheu o ministro Alexandre de Moraes como alvo. Ele acusou o membro da corte de espalhar "fake news". Na oportunidade, ele sugeriu que "deveria se auto investigar".
“A posição do presidente ontem, na minha visão, foi uma sinalização de voltar a sentar na mesa. É isso que nós precisamos de novo”, avaliou o deputado sobre a mudança comportamental do presidente, que antes, criticava de forma abrangente.
Neri Geller ressaltou que mesmo seu grupo (presidente do Senado, Arthur Lira - PP - Sérgio Souza – que é presidente da FPA entre outras lideranças), sendo um dos maiores defensores das pautas do Governo Federal em Brasília não concordam com uma ruptura.
“Eu, Arthur Lira e vários parlamentares do meu partido e outras lideranças, Sérgio, a gente trabalha as pautas inclusive polêmicas em favor do presidente. Agora não dá para entrar nessa de ruptura institucional, que isso não dá para aceitar. A fala do presidente ontem, foi neste sentido, ele deixou bem claro, ele falou que não está defendendo a ruptura institucional e está defendendo a Democracia e fez críticas pontuais a ministros. Eu acho que isso pode fazer, agora não dá para exagerar”, declarou Geller.
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Questionado se a mudança comportamental do presidente pode ser um efeito da presença do presidente nacional do Partido Progressista, senador Ciro Nogueira na função de ministro-chefe da Casa Civil há quase um mês, Geller concordou.
“Eu acho que sim, e quando você espicha demais a corda, você tem o bom senso de saber que ela pode estourar, eu acho que o presidente sentiu nisso, não pode avançar demais que pode não ter uma ruptura e vai ser ruim para todo mundo”, avaliou o deputado.
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