O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) preferiu não comentar sobre o uso das urnas eletrônicas na eleição 2024, que confirmou a vitória do Partido Liberal (PL) em 21 Prefeituras de Mato Grosso. Porém, declarou não ter obrigação de acreditar em quem faz o programa.
“Se eu tivesse liberdade de expressão, eu falaria. Não tenho! Eu tenho documentos que possam colaborar com o sistema eleitoral. Você vê a Venezuela, lá tem o voto impresso e não valeu o voto impresso. Aqui no Brasil, não vou dizer que estou desconfiado, senão posso sair preso daqui. Você não pode falar em vacina e urna eletrônica”, declarou Bolsonaro.
Entre as 21 Prefeituras, o PL elegeu em Várzea Grande, Flávia Moretti, em Rondonópolis, Cláudio Ferreira e reelegeu Roberto Dorner em Sinop. Bolsonaro veio a Cuiabá nessa segunda-feira (14.10) manifestar apoio ao candidato Abilio Brunini (PL), que disputa o 2º turno das eleições municipais.
Segundo Bolsonaro, é preciso aperfeiçoar o sistema eleitoral para ser mais transparente e que tenha possibilidade de auditar. Ele enfatizou que não pode é o povo ter dúvida sobre o que acontece.
“Você vê, no Estado de São Paulo, foi apertadíssimo, se tivesse como auditar com toda certeza, o terceiro colocado pediria uma recontagem, mas não pede porque sabe que vai dar o mesmo. Eu pergunto a você: qual país do mundo adota esse sistema? Nós acreditamos na informática e obviamente não temos obrigação de acreditar em quem faz o programa”, declarou.
O sistema de urnas eletrônicas brasileiras, no entanto, é auditável por qualquer partidos político. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o sistema conta com 26 oportunidades de auditoria. A urna também permite a recontagem dos votos, ao contrário do que citou Bolsonaro em sua declaração à imprensa.
O ex-presidente se tornou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022.
“Porque estou inelegível? Porque me reuni com embaixadores. Aí foi a questão de abuso de poder político, eu ganhei algum voto me reunindo com embaixadores? Você acha justo essa condenação. Outra inelegibilidade, abuso de Poder Econômico no 7 de setembro, acabou o evento, usei o carro de som de Silas Malafaia. Abuso de poder econômico, ah, pelo amor de Deus”, declarou Bolsonaro.
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