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Política Quarta-feira, 06 de Outubro de 2021, 09:49 - A | A

Quarta-feira, 06 de Outubro de 2021, 09h:49 - A | A

CONFERÊNCIA DO CLIMA

Mendes critica acordos futuros de governadores: “Compromisso para daqui 30 anos é jogar para galera”

Mendes afirmou que planeja apresentar os compromissos de Mato Grosso com o meio ambiente na COP26, que acontecerá na Escócia

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

VGN / VG Notícias

VGN_Mauro Mendes-mt-energia solar

Governador Mauro Mendes (DEM)

 

 

O governador Mauro Mendes (DEM), afirmou que Mato Grosso adota estratégias diferentes das discutidas no consórcio “Brasil Verde”, composto por 23 Estados e o Distrito Federal, criado para debater a governança climática e viabilizar ações em defesa do meio ambiente, cujos compromissos são para daqui 30 anos.

“Diferente de muitos, qual é a meta que nós vamos poder assumir em termos de redução, de zerar as emissões de carbono. A maioria dos Estados está assumindo isso para o ano de 2050, ou seja, daqui a 30 anos, meu Deus, assumir um compromisso para daqui a 30 anos, para mim, no meu entender, é jogar para a galera, é empurrar para frente”, argumentou.

Segundo o governador, esse estudo e os compromissos do Estado serão apresentados por ele na Escócia na COP26 - Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU -, de 31 de outubro a 12 de novembro, na cidade escocesa de Glasgow, onde serão discutidos os próximos passos para a completa implementação do Acordo de Paris.

“Eu não vou assinar um documento para empurrar o problema para que um dia ele exploda no colo de alguém. Estamos finalizando um estudo, muito consistente, com muito detalhamento com a participação da iniciativa privada, para que a gente possa apresentar talvez lá na COP26 essa nova situação e os compromissos que Mato Grosso vai assumir com relação ao clima e ao meio ambiente e a sustentabilidade”, declarou o governador.

Mendes afirmou que fará na COP26 a defesa ambiental da conduta do Estado de Mato Grosso, em relação à produção e fabricação mato-grossense. Segundo o governador, essa defesa será fundamental para manter aberta as portas ao comércio internacional.

“Existe essa programação, vai existir a conferência do clima o COP26, as questões ambientais elas são muito relevantes, muito sensíveis para o Estado de Mato Grosso, nós já tivemos muitas possíveis intercorrências ligados a possíveis embargos a produtos brasileiros e até mesmo mato-grossense, então, vamos lá mostrar que o Estado de Mato Grosso é sem dúvida alguma um dos melhores exemplos que existe no mundo de produção e de sustentabilidade”, declarou o governador.

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Em relação à possibilidade de discutir a seca do Pantanal na COP26, Mendes brincou: “Está chovendo pouco, São Pedro tem que calibrar melhor a pontaria aqui no Estado de Mato Grosso, no Brasil.”

Ainda em relação ao meio ambiente, Mauro também respondeu às indagações sobre críticas das ONGs que apontam excesso de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) nos rios mato-grossenses.

“Será que não contaram para essas ongs que estamos vivendo o pior período de seca no Brasil, na América Latina nas últimas décadas, devem ter contado, alguém tem que contar para eles, nós estamos vivendo um dos piores período de seca. Não adianta vir com essa conversinha que isso não tem a menor sustentabilidade do campo técnico e principalmente daquilo que mostra a meteorologia. Estamos vivendo a pior seca do século aqui no Brasil e vem botar culpa no PCH? Brincadeira né!”, ironizou.

Sobre possibilidade de "liberação" de licenciamento para construir seis PCHs previstas para serem instaladas nos municípios de Nobres, Rosário Oeste, Jangada, Acorizal, Várzea Grande e Cuiabá, Mendes afirmou que o projeto está sob análise da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), no entanto, avalia que "represar água não mata o rio."

“Mas esse projeto está sob análise da Sema, e eu nem conheço, ouvi dizer pela imprensa da existência dele. Os projetos que passam pela Sema, não necessariamente passam pelo governador”, finalizou.

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