O governador Mauro Mendes (DEM), afirmou em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (21.12), após reunião com os gestores públicos de Cuiabá, representado pelo vice-prefeito eleito, José Stopa (PV), e a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), que após muitos estudos, e mais de 1 mil páginas de documentos técnicos, o Governo de Mato Grosso decidiu pelo modal BRT (Ônibus de trânsito rápido), ao invés de retornar a obra do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).
De acordo com o governador, essa decisão era um objetivo da sua gestão em 2019, no entanto, ele contou que quando sua equipe começou a trabalhar e a compreender os problemas com essa obra que está paralisada desde 2014, descobriu qual era a realidade e que os problemas eram muito mais complexos do imaginava, então, decidiu se aprofundar mais nos estudos para poder tomar uma decisão coerente que não prejudicasse a população cuiabana e várzea-grandense.
“Quando você começa a enxergar o problema com profundidade que ele requer, e por todos os ângulos, você começa a ver coisas que muitas vezes as pessoas não enxergam. E nós herdamos essa obra que estava paralisada desde 2014, mais uma das obras que foram prometidas, dentre aquelas que estavam planejadas para serem finalizadas em maio e junho daquele ano, quando fomos uma das sedes da Copa do Mundo realizada no Brasil”.
Mauro afirmou que o VLT tinha oito ações na Justiça que tinham que ser analisadas pela nova gestão. E que dentre elas, uma ação que motivada pela rescisão contratual com o consórcio que era responsável pelo fornecimento dos equipamentos para execução da obra. A rescisão desse contrato se deu por prática de corrupção por essas empresas com agentes públicos, os quais já foram inclusive objeto de delações premiadas, e comprovação na Justiça.
Durante o discurso, Mendes apresentou um comparativo entre as possiblidades que o Estado tinha em relação a retomar as obras do VLT ou mudar o modal para BRT, que era inclusive a decisão inicial quando resolveu fazer a implantação desse modal entre Cuiabá e Várzea Grande.
Dentre essas comparações, ele apontou o custo para conclusão da obra, sendo que para o BRT o valor seria de R$ 430 milhões, incluindo a aquisição de 54 ônibus elétricos, com o tempo de implantação de 24 meses. Já pela opção de retomada das obras do VLT, o custo seria no valor de R$ 763 milhões, com o prazo de implantação em 48 meses, incluído a preparação para a PPP.
Ele ainda apontou que a forma de contratação do BRT seria através de uma licitação da obra e dos veículos, com o tempo de publicação e licitação para maio de 2021, sendo que o VLT teria o imbróglio para contração da fabricante dos trens (declarada inidônea pelo Governo e mantida pela pelo Judiciário), com o tempo de publicação e licitação para junho de 2022.
Outro item importante para essa mudança seria o custo benefício para população em relação à tarifa do modal. Ficando o valor pra BRT de R$ 3,04 e o VLT R$ 5,28.
Mendes ainda reforçou que algumas dessas obras iniciadas em 2014, já foram concluídas durante o seu mandato, como o Centro Oficial de Treinamento (Cot da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e o córrego do Barbado, assim como outras que estão em fase final como a 8 de Abril, já em estado bem avançado, o Centro Oficial de Treinamento (Cot do Pari), em Várzea Grande, local que foi destinado para a execução de um Centro Integrado de Formação das Forças de Segurança, pois, segundo ele, hoje não existe demanda para ter mais um Centro de Treinamento.
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