O governador do Estado, Mauro Mendes (DEM), afirmou nesta sexta-feira (25.01), em entrevista coletiva no Palácio Paiaguás, que os projetos do Governo, aprovados nessa quinta-feira (24.01) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), vai gerar um equilíbrio fiscal para Mato Grosso, mas que irá demorar até dois anos para surtirem efeitos.
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“Mato Grosso, os servidores públicos, e todos de maneira em geral, ganharam com votação dos projetos. Acreditamos que iremos agora restabelecer um equilíbrio fiscal no Estado e com isso vai melhorar a prestação de serviço. Mas, acreditamos que os efeitos de todas estas medidas aprovadas em Leis devem demorar 1 a 2 anos”, disse o democrata.
Segundo ele, a demora se deve pela situação caótica do Estado. “Quando assumimos o governo sabíamos da dificuldade que iriamos enfrentar, mas não tínhamos a dimensão do tamanho do prejuízo. Agora temos conhecimento e essas medidas tiveram que ser necessárias. Temos que olhar para frente e acreditamos que seguindo neste caminho daqui uns meses as coisas já devem melhorar”, declarou o gestor.
Sobre a Lei da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores, que a partir de agora estabelece que a recomposição inflacionária será concedida somente quando o Estado dispor de recursos financeiros, Mendes garantiu que a medida não visa prejudicar o funcionalismo público e que o governo Federal e outros Estados não pagam há anos a RGA aos servidores.
“Não temos condições de fazer nem os pagamentos em dia, como é que vamos dar aumento? Acreditamos que grande parte dos servidores entendeu a medida e assim como nós, entende que ela é acertada”, pontou o governador.
Mauro reafirmou que a equipe de Governo trabalha para tentar conseguir pagar os salários todo dia 10 de cada mês, mas que nestes primeiros meses a folha será paga de forma escalonada. “Manteremos o diálogo com os servidores mostrando a realidade do governo e as medidas que estamos adotando”, ponderou.
Além disso, o gestor anunciou que nos próximos dias outras medidas serão adotadas pelo governo para cortar gastos, como por exemplo: renegociar 20% dos contratos com fornecedores, renegociação de dívidas, entre elas a com o Bank Of América que está dolarizada.
“Este ano vamos pagar R$ 280 milhões desta dívida dolarizada. Estamos negociando com o Banco Mundial a renegociação desta dívida para que possamos pagar não os R$ 280 milhões, mas sim R$ 60 milhões”, finalizou.
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