O deputado e presidente estadual do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Carlos Avallone (PSDB), em entrevista ao na última quarta-feira (13.11), afirmou que as facções criminosas estão tomando conta de Mato Grosso, principalmente na região dos municípios de Sinop e Sorriso, respectivamente a 479 e 397 km de Cuiabá.
Segundo o parlamentar, as autoridades precisam tomar providências mais sérias para por um fim nessas organizações criminosas. O deputado citou o assasinato da cantora transexual e suplente de vereador pelo PSDB, Santrosa Batidão, 27 anos.
“A verdade tem que sair em cima de investigação e não em cima de dedução. Mas, de qualquer forma, seja qual for o motivo da morte, ela é uma morte absurda, violenta, mostra que as facções estão tomando conta do nosso Estado”, declarou o deputado.
Avallone citou que o Estado já investiu na segurança pública, os policiais contam com armamento, contudo, não está resolvendo o problema. Para o tucano, o problema não está somente na estrutura.
“Então o problema está na inteligência, está na forma, está em como combater isso [facções criminosas]. Então é uma coisa mais grave que eu não sou especialista nisso, mas sei que como representante da sociedade eu tenho que dar o grito e pedir ajuda para o Mato Grosso”, frisou.
A preocupação do deputado seria em relação aos últimos acontecimentos que envolveu uma suplente do partido no município de Sinop, que foi executada e decapitada por membros de uma facção criminosa.
A cantora transexual e suplente de vereador pelo PSDB, Santrosa Batidão, 27 anos, que foi encontrada decapitada no último domingo (10) em uma área de mata na região dos Vilas. Leia matéria relacionada - Candidata a vereadora é encontrada morta em Sinop; corpo estava decapitado e amarrado
Em relação ao caso, Avallone disse que está acompanhando de perto e já conversou com o secretário de segurança César Augusto de Camargo Roveri, que colocou o coronel Fernando à sua disposição para mantê-lo informado.
Avallone mencionou que tudo indica que foi trabalho da facção, mas ressaltou, que os motivos estão sendo avaliados. Segundo ele, saíram muitas notícias truncadas e isso é desagradável.
O tucano avaliou, ainda, que a culpa não é apenas do Governo Estadual, mas de todos, inclusive do Governo Federal. Avallone pontuou que não adianta trazer tudo para do Governo do Estado, se não vier acompanhado de dinheiro e investimentos.
“Nós estamos numa situação que penso que todos têm que se unir, Assembleia, Governo Estadual e Federal e Ministério da Justiça, pois esse tipo de ação não pode mais acontecer”, frisou.
Para o tucano, a morte de Santrosa é uma mensagem das facções criminosas. “Decapitar uma pessoa de 27 anos, da forma como foi, com as mãos e pés amarrados, está dizendo para sociedade: “Olha, não mexe com a gente, que nós estamos aqui para reagir. Quem mexer com a gente vai morrer”. Avallone completou: “A sociedade não pode ficar quieta”.
Questionado se acredita que parte da sociedade está aceitando as facções, sendo que alguns até dizem que o braço direito do Estado não chega nos pequenos bairros, o tucano destacou que antigamente essas frases só se ouviam nos morros do Rio de Janeiro, mas agora começou a se esticar pelo resto do país.
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