O deputado Federal de Mato Grosso, José Medeiros (Podemos) fez duras acusações ao grupo Kroton, administrador da Universidade de Cuiabá (UNIC) e de diversas faculdades pelo Brasil.
De acordo com ele, a exemplo do que foi feito com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), que financiou a empresa JBS e a tornou a maior do mundo no segmento de proteína animal, os governos petistas podem ter criado o Fies de maneira a entregar os recursos de maneira direcionada ao grupo Kroton, que triplicou de tamanho e passou a ter lucro líquido anual acima dos R$ 2 bilhões.
“Começamos a ver um crescimento sem freios da Kroton, que vinha acompanhado de elogios de grande expertise do próprio setor em relação à movimentação administrativa da empresa em antecipar as ações”, cita.
Conforme o parlamentar, “o próprio Jornal Folha de São Paulo atribuiu o adjetivo “brilhante” ao se referir o quanto o grupo educacional se beneficiou com a chegada do Fies e a Educação à distância, dando indicações que denotam que a empresa já estava preparada para este novo momento. Alunos do Fies chegaram a representar 60% da arrecadação da Kroton, enquanto outros grupos não chegaram nem perto disso. Diga-se de passagem, o aluno do Fies paga tabela cheia, ou seja, a empresa sequer perde valores no desconto que dá a quem financia pessoalmente os cursos”, comentou.
Defensor assumido do presidente Jair Bolsonaro, Medeiros não poupou acusações ao governo petista em relação à educação e as críticas da oposição sobre os cortes na pasta.
“A oposição atual não tem nenhuma moral para apontar rumos para políticas educacionais, até porque as feitas durante os governos que apoiavam geram até hoje sérias suspeitas de serem mais uma das tantas manchas que marcaram a história do país nos últimos anos”.
E acrescentou: “Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto, proprietário da Kroton, que engoliu o mercado e se o PT não sai provavelmente teria monopolizado totalmente o setor de educação privada no Brasil, é o homem que emprestou jatinho para Lula viajar para vários lugares nos últimos anos, antes dele ser preso. O que estou fazendo é levantar uma questão, apontar um fio desencapado que pode nos levar a mais um grande rombo, dos tantos feitos recentemente”, concluiu Medeiros. (Com assessoria).
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