Em visita ao Palácio Paiaguás, o pré-candidato ao Senado por Mato Grosso do Sul, ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União) lamentou nesta quinta-feira (19.05) a polarização nas eleições deste ano em torno dos pré-candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inacio Lula da Silva (PT). Segundo Mandetta, o projeto de terceira via "se perdeu pelo caminho".
Ele avalia que atualmente a terceira via que se apresenta ficará resumida “a uma reunião de dois partidos” e não em uma frente ampla de opção, como era de se esperar. “A polarização se tornou uma realidade, muitas candidaturas colocadas de maneira precoce, sem o devido cuidado”, declarou o ex-ministro.
Mandetta foi questionado se avalia que acredita que não irão decolar as pré-candidaturas da senadora Simone Tebet (MS), do ex-governador Ciro Gomes (PDT) e do próprio presidente da sigla, deputado federal Luciano Bivar (PE).
Vejo que o Mauro fez um trabalho monumental aqui em Estado de Mato Grosso. Desejo boa sorte e proteção divina a ele
“Não sou futurólogo, mas acho que eles vão tentar trabalhar para tentar colocar a candidatura, se colocarem como opção, mas me parece que a eleição está muito polarizada, muito resumida, o que é uma pena porque isso é muito pobre. Você limitar um país tão complexo, com tantas diferenças culturais, sociais, econômicas, em duas pessoas? Eu não digo nem dois projetos, porque nem projeto essas pessoas têm mostrado. Eles pedem vote em mim, na pessoa, uma ideia de salvadores da pátria, isso eu não é bom para o país. Gostaria muito que o país tivesse uma discussão mais ampla, boas opções”, declarou.
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Sem se aprofundar sobre o cenário e as articulações mato-grossenses, Mandetta também opinou sobre a possibilidade de uma candidatura de Luciano Bivar, prejudicar os Estados, especialmente em Mato Grosso, com uma possível candidatura do governador Mauro Mendes (União) à reeleição.
_“Acho que é indiferente. O eleitor vai fazer uma análise daquilo que está próximo, ele quer saber quem é que vai administrar Mato Grosso, se vai continuar com um Estado com conta equilibrada, com capacidade de investimento, se vai continuar recuperando o sistema de Saúde. E o debate nacional pertence também à alma do eleitoral. Ele não mistura uma coisa com a outra, então eu acho que é indiferente, não influencia”, encerrou.
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