Os vereadores da Câmara de Cuiabá arquivaram na sessão vespertina desta terça-feira (27.08) um projeto de lei, que inclui a leitura da Bíblia como recurso paradidático nas escolas da rede pública e particular de Cuiabá.
Os parlamentares concordaram com o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Casa de Leis, que opinou pela rejeição do projeto. O plenário registrou cinco votos, sim, ao parecer da CCJR e 12 votos não.
O projeto de autoria do vereador Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) foi criticado por tornar o estudo da bíblia obrigatório. Porém, a obrigatoriedade foi negada pelo autor do projeto.
“A princípio, essa matéria não é para leitura obrigatória nas escolas. Essa matéria é de livre arbítrio dos pais, os pais escolhem se os filhotes querem ou não participar da aula. Ela não é do movimento estado laico de direita porque ela não defende religião. Ela é uma leitura simples, paradidática, que será lida para esclarecer sobre história, geografia, antropologia, a criação do mundo, do universo, quem foi Deus, a criação de todas as coisas”, argumentou Arruda e Sá.
Já o vereador Robinson Cireia (PT) criticou a iniciativa por defender uma ideia religiosa. Ele avalia, que o projeto vai promover “pressão” aos estudantes que não aderirem à aula.
“Aquele menino que, por acaso, sua mãe é da Umbanda [religião brasileira] e ele quer ser da Umbanda e vê todos os coleguinhas seguindo para aula da Bíblia e a família não ter opinado, ele será pressionado pelos outros”, criticou Cireia.
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