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Política Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024, 08:02 - A | A

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024, 08h:02 - A | A

Cuiabá

Repasse reduzido do Estado gerou déficit de R$ 5 milhões, diz secretário de Saúde

Segundo Deiver Teixeira, quando assumiu a Pasta em janeiro deste ano, recebeu com dívidas de R$ 250 deixadas pela própria intervenção estadual

Adriana Assunção/VGN

O secretário de saúde de Cuiabá, Deiver Teixeira, afirmou em entrevista ao nesta terça-feira (29.10), que o município conta com déficit mensal de aproximadamente R$ 5 milhões na pasta. Ele avalia que a quantia ideal para atender à saúde de Cuiabá seria R$ 27 milhões mensais, mas, o município recebe em torno de R$ 22 milhões.

“A Empresa Cuiabana [HMC e São Benedito] necessitaria de pelo menos R$ 27 milhões mensais. Hoje, chega para a Empresa Cuiabana em torno de R$ 22 a R$ 23 milhões. Então, temos esse déficit que todo mês ocorre. E aí essa coisa vai se avolumando e aí realmente acaba tendo esses prejuízos”, declarou o secretário.

O secretário afirmou que os R$ 22 milhões são referentes a recursos da Prefeitura de Cuiabá, do Governo Federal e do Governo do Estado. Ele também reclama do repasse feito pelo Governo do Estado, que, segundo ele, não cumpre um acordo de repassar R$ 5 milhões.

Teixeira, que faz um levantamento do déficit mensal da Secretaria de Saúde para entregar a equipe de transição, afirma que o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) atende 60% dos pacientes do interior. Ele afirmou que a saúde municipal conta “somente com o repasse de R$ 2 milhões” destinados para o atendimento da Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da unidade. O valor não atende à demanda do Estado recebido pelo município.

“Eu já falei inclusive para o secretário de Estado: olha, se não por dinheiro, não importa quem entra na saúde, não tem o que fazer! Não tem como tocar!”, criticou.

Segundo Deiver Teixeira, quando assumiu a pasta em janeiro deste ano recebeu a secretaria com dívidas de R$ 250 milhões deixadas pela própria intervenção estadual.

“A dívida foi de R$ 250 milhões a mais. Hoje é menor. Eles receberam muito mais recursos, que nós esse ano, anteciparam e ainda deixaram a dívida. Há sim um déficit financeiro muito grande. Estamos fazendo levantamento e vamos passar para a transição. Vamos passar para o próximo gestor”, declarou o secretário.

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