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Lula disse que Tesouro Nacional dispõe de orçamento para pagar auxílio de R$ 600 para todos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (15.04) que não tem qualquer prazer em atacar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e chamá-lo de “genocida”, mas que o gestor faz de tudo para contrariar a ciência e as recomendações para o combate da pandemia no novo coronavírus (covid-19).
“Vocês acham que tenho prazer de chamar o Bolsonaro de genocida? Infelizmente esse cidadão fez tudo diferente do que a ciência brasileira orientou a fazer”, disse o ex-presidente em entrevista concedida a Rádio O Povo (Fortaleza-Ceará).
Segundo ele, por causa de Bolsonaro o Brasil deixou de comprar 700 milhões de doses oferecidas ao país por farmacêuticas, sendo elas: 138 milhões da OMS Covax; 100 milhões da Sputnik; 200 milhões da AstraZeneca; 160 milhões do Butantan; 70 milhões da Pfizer; 20 milhões da Jonhson; 20 milhões da Moderna; e 20 milhões da Bharat.
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O petista afirmou que durante o seu Governo tratou o povo pobre com “coração de mãe” ajudando todos, levando emprego e oportunidades, coisa que o atual o Governo, segundo ele, trata de forma diferente. “A minha briga agora é pra tentar consertar o Brasil. Por isso, não guardo raiva de ninguém”, disse Lula.
Ele declarou que a “radicalidade” política no Brasil não foi criada por seu grupo e sim por aqueles que “sempre esteve na pele de cordeiro”, citando que tudo começou contra Aécio Neves perdeu as eleições para Dilma Rousseff em 2014, e afirmou que enquanto esteve na Presidência jamais tratou qualquer prefeito ou empresário de forma diferente – sem se importar com partido político ou grupo o qual pertencia.
Lula disse que foi um dos políticos que mais fez para o “povo pobre” e jamais foi chamado de “Mito”. “Eu faço política há 50 anos e nunca fui chamado de Mito porque é coisa de fascista. Mito é coisa de miliciano. Mito é coisa de autoritário. Eu nunca fui chamado de Mito na minha vida. Acho que ninguém fez mais assembleia, fez mais comícios, viajou o Brasil como eu, e eu nunca fui chamado de Mito. A primeira pessoa que ouvi ser chamado assim foi o Bolsonaro, os milicianos gritando: Mito, Mito, ele acredita. Ele nem sabe que Mito é uma mentira. Ele gosta!”, alfinetou.
Ao final, o ex-presidente disparou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, mente para Bolsonaro ao dizer que o Tesouro Nacional não dispõe de recursos suficientes para arcar com o pagamento do novo auxílio emergencial no valor de R$ 600.
“Quem quiser resolver o problema do Brasil tem que colocar o pobre dentro do Orçamento. Se o Bolsonaro não tiver consciência de que tem que aumentar o salário emergencial para R$ 600. Acho que o ministro da Economia mente para ele! Ele (Bolsonaro) tem R$ 1,450 trilhão lá no Tesouro, que poderia dar auxílio emergencial para matar fome deste povo. Poderia estar com uma política de crédito do pequeno empresário. Mas, não está! Sabe porquê? Porque essa gente não pensa no povo”, finalizou.
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