O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) denunciou durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (04.07) irregularidades no contrato de concessão do transporte coletivo já prevendo a possibilidade de operar Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), em Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo o deputado Lúdio Cabral, o desequilíbrio do seu adversário, o deputado estadual Eduardo Botelho (União), presidente da Assembleia Legislativa, se deu diante da possibilidade de sua família “perder um contrato milionário”.
Lúdio expôs no contrato de concessão um aditivo assinado em dezembro de 2022 pelo Governo do Estado, que permite à concessionária Metropolitano de Transporte operar o BRT sem a realização da licitação.
“O desespero do deputado Eduardo Botelho é porque o projeto dele foi desmascarado. Porque o próximo prefeito de Cuiabá que dirá se quer ou não que a atual concessionária assuma a operação do BRT. Esse aditivo foi assinado no dia 22 de dezembro de 2022”, acusou o petista.
O deputado petista também apontou uma cláusula do contrato que permite reembolso à empresa no caso de investimentos realizados em frota, instalações, sistemas tecnológicos que venham a ser desmobilizados por decorrência da implantação da rede integrada. “Então, toda frota, todos os investimentos, na hipótese de implantação do BRT eles [a atual concessionária] serão reembolsados”, declarou Lúdio.
O parlamentar ressaltou que, conforme o contrato, a concessionária poderá operar o BRT somente com aval dos prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande. “Já está no contrato com a concessionária a possibilidade dela operar o BRT sem qualquer tipo de nova licitação. O que por si só é uma ilegalidade, porque é um outro objeto, a operação do BRT. E ela depende da manifestação do Governo do Estado, da Concessionária, do prefeito de Várzea Grande e do prefeito de Cuiabá”, argumentou.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do pré-candidato a prefeito, Eduardo Botelho, e com a assessoria do governo do Estado, mas até o momento nenhuma informação foi enviada.
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