O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de 74 inquéritos a pedidos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, referentes a autoridades com prerrogativa de foro e outros possíveis envolvidos a partir de informações obtidas em acordo de colaboração premiada de executivos do Grupo Odebrecht.
Entre os citados nas listas de investigados divulgadas pelo STF, está o médico, e ex-vereador de Cuiabá Lúdio Frank Mendes Cabral, popular “Ludio Cabral” (PT). O petista não possui prerrogativa de foro no STF e a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), o processo foi encaminhado ao Tribunal Regional da 3ª Região, em São Paulo.
Ludio supostamente pode ter sido favorecido com possíveis doações ilegais para campanhas eleitorais. Além de Ludio que disputou o governo em 2014, também foram citados Mariton Benedito de Holanda, popular ‘Padre Ton’, este que disputou o governo de Rondônia e Edson Antônio Edinho da Silva, popular Edinho Silva, de São Paulo.
Ludio concorreu ao cargo de prefeito de Cuiabá em 2012, sendo derrotado por Mauro Mendes, e ao cargo de governador de Mato Grosso em 2014, derrotado pelo atual governador Pedro Taques.
Vale lembrar, que recentemente, o ex-vereador teve seu nome envolvido na quinta fase da Operação Sodoma e precisou prestar esclarecimento na Delegacia Fazendária (Defaz), sobre suposto o recebimento de valor de R$ 1,7 milhões que teria recebido para sua campanha a prefeito do ano de 2012, na ocasião Ludio alegou não ter recebido nenhum valor irregular.
Outro lado - Em nota, Ludio Cabral afirmou estar no município de Mimoso, atuando como médico, e afirma desconhecer o conteúdo da petição encaminhada pelo ministro Fachin a 3ª Região.
Veja a nota na integra:
Nota - Lúdio Cabral
Estou em Mimoso hoje, durante o dia, trabalhando como médico e acabo de tomar conhecimento da inclusão do meu nome em petição encaminhada ao TRF 3ª Região com pedido de investigação relacionada a tal lista da Odebrecht.
Não conheço o conteúdo da petição.
Como inclui ainda os nomes de Edinho Silva e Mariton Benedito de Holanda, a petição deve tratar da campanha eleitoral de 2014, quando fui candidato a governador de Mato Grosso pelo Partido dos Trabalhadores. Os dois foram, respectivamente, coordenador financeiro da campanha presidencial do PT e candidato a governador de Rondônia nas eleições de 2014.
Assim que me inteirar junto aos órgãos competentes sobre o conteúdo da petição me posicionarei a respeito.
Lúdio Cabral, 12 de abril de 2017.
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